Pimenta
História da Pimenta
O cultivo de pimentas era uma característica de tribos indígenas brasileiras na época do descobrimento do Brasil.
Após esse período, as sementes e frutos de pimentas passaram a ser consumidas por povos de todas as origens, em quatidades crescentes e para os mais diversos usos.
A pimenta no município de Turuçu, conhecido como "Capital Nacional da Pimenta", começou a ser cultivada há mais de um século, visto que produtores com mais de 60 anos afirmam que a exploração comercial na região já era realizada por seus pais.
Propriedades
A pimenta, condimento de sabor picante, traz consigo alguns mitos, de uqe provoca pressõa alta, gastrite, úlceras e hemorróidas. Estudos realizados comprovam que a pimenta traz muitos benefícios à saúde. A capsaicima que dá o ardido da pimenta é qu possue propriedades benéficas à saúde.
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Rica em vitamina A, B1, B2, C, E e niacina
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Tem propriedades analgésicas e energéticas
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Reduz a formação de coágulos no sangue e é vasodilatadora
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Atua no cérebro estimulando a produção de endorfina, hormonio que produz a sensação de bem estar
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A capsaicina tem ação antioxidante, antiinflamatório e anti-câncer
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A capsaicina adicionada à dieta pode reduzir o desejo de comer, sendo benéfico ao tratamento da obesidade
Fonte: www.cpact.embrapa.br
As pimentas são originarias das Américas e foi no tempo do sescobrimento que elas foram introduzidas no resto do mundo.
Os pontos "quentes" no mundo das comidas picantes são: México, Guatemala, a maior parte do Caribe e África, parte da América do Sul, Índia, Indonesia, Malásia, Coréia, Tailândia, sudoeste da China, os Balcãs e América do Norte.
As pimentas pertencem ao gênero Capsicum, da mesma família da batata, tabaco, petúnia, entre outras. Seu nome varia muito em cada lugar onde é cultivada e a mesma planta pode receber vários nomes .
Do dialeto Nahuatl do idioma Asteca, surgiu o nome Chiltepin. Este era o nome dado a uma das variedades conhecidas de pimentas mais antigas. Acredita-se que o nome é uma união das palavras Chile e Tecpintl e sua combinação traduz-se: "chile pulga" que é atribuída ao gosto picante da pimenta chile. Através dos tempos o nome foi sofrendo alterações do nome original: chile + tecpintl para chiltecping, chiltepin e chilepiquin.
As pimentas parecem ter surgido a 7.000 anos a.C. na região do México Central. O primeiro europeu a descobrir foi Cristovão Colombo em uma das suas viagens para a América em 1493, quando procurava uma fonte alternativa de pimenta preta, condimento favorito na Europa na época. Após um século, as pimentas vermelhas tinham se espalhado por todos os continentes.
A pimenta vermelha é nativa do Hemisfério Ocidental e provavelmente evoluiu de uma forma ancestral na região da Bolívia e Peru. As primeiras pimentas consumidas foram coletadas provavelmente de plantas selvagens. Aparentemente os índios já cultivavam pimentas entre 5.200 e 3.400 a.C , o que coloca as pimentas entre as plantas cultivadas mais antigas das Américas.
Não é exatamente conhecido quando foram introduzidas as pimentas no Novo México. Elas podem ter sido usadas pelos nativos indígenas como um medicamento, uma prática comum entre os Maias. Até que o espanhol chegasse ao México, os fazendeiros Astecas já tinham desenvolvido dúzias de variedades.
Sem dúvida, estas pimentas foram as precursoras do grande número de variedades achadas hoje no México. Se foram comercializadas pimentas nos pueblos de Novo México ainda não está claro. Porém as pimentas são cultivadas no Novo México durante pelo menos quatro séculos.
Aspectos nutricionais
São um alimento extremamente nutritivo. Contém vitamina A, B e C além de quantidade significante de magnésio, ferro e aminoácidos. O Ácido Fólico e o Betacaroteno presentes nas pimentas tem poderes anti-cancerígenos.
As pimentas aumentam a taxa metabólica do organismo e este efeito térmico faz com que aproximadamente 6 gramas de pimenta queimem cerca de 45 calorias.
Cores e sabores fortes estão intimamente ligados. Pimentas vermelho vivo são superiores em sabor que as verdes. Além disso tudo, toda pimenta muda de cor de acordo com sua maturação, indo do verde para outra matiz, principalmente o vermelho.
A Capsaina presente na pimenta protege a mucosa contra os danos causados por álcool, estimula a salivação e limpa os dentes, garantindo gengivas fortes e sadias.
As pimentas realçam o sabor dos alimentos e, dependendo do prato, deve-se diferenciar a variedade para combinar o sabor e o ardume. A ardência da pimenta, única no reino vegetal, resulta da presença de um grupo de alcalóides específicos.
Pimenta de "sino" (bell) ou pimenta doce, geralmente refere-se às pimentas não picantes ou pouco picantes, de aspecto maciço (pimentão), enquanto a pimenta Chile significa as variedades de pimentas ardentes ou quentes.
Depois do sal, é o condimento mais utilizado no mundo e encontrado em quase todos os lugares atualmente.
Dentre suas propriedades terapêuticas podemos destacar ser um antibiótico natural e ter propriedades cicatrizantes.
“A pimenta traz consigo alguns mitos, como, por exemplo o de que provocar gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas. Nada disso é verdade. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o oposto! Muitos dos benefícios da pimenta estão sendo investigados neste exato momento, pela comunidade científica e farmacêutica, originando alguns dos projetos de pesquisa mais picantes deste início de terceiro milênio. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde.” - Dr. Alexandre Feldman
Os registros mais antigos do consumo de pimentas datam de aproximadamente 9 mil anos, resultado de explorações arqueológicas em Tehuacán, México. Outros sítios arqueológicos pré-históricos (2500 a.C.) são conhecidos no Peru, nas localidades de Ancon e Huaca Prieta.
O cultivo de pimentas era uma característica de tribos indígenas brasileiras quando do descobrimento do Brasil. Com a imensa variabilidade de pimentas nativas, certamente pode-se supor que diversas tribos cultivavam e colhiam pimentas; e o plantio de pimenta por tribos indígenas continua até hoje, como entre os índios mundurucus, da bacia do rio Tapajós.
Há quem utilize a pimenta como tempero do amor, por acreditar que seja afrodisíaca, e também os que juram que ela afasta o "mau-olhado".
Hoje, tailandeses e coreanos são considerados os maiores consumidores de pimenta do mundo; o consumo atinge até oito gramas por dia por pessoa. Por aqui, não há dados sobre o consumo, mas o cultivo é feito em praticamente todas as regiões, com destaque para Bahia, Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. As espécies de pimenta do gênero Capsicum - do qual também faz parte o pimentão - pertencem à família
A característica "ardida" da pimenta, chamada pungência, é exclusiva desse gênero e é atribuída a um alcalóide, a capsaicina, que fica acumulado na parte interna do fruto. A pungência das pimentas pode ser medida em Unidades de Calor Scoville (Scoville Heat Units - SHU), com aparelhos específicos. O valor SHU pode chegar a 300 mil, caso, por exemplo, da cumari-do-pará.
As espécies do gênero Capsicum mais cultivadas no Brasil são:
- Bode (C. chinense) - frutos arredondados ou achatados, vermelhos e amarelos. É muito picante e os frutos maduros são utilizados principalmente em conservas.
- Cambuci (C. baccatum var. pendulum) - frutos vermelhos em forma de campânula ou de sino. Com sabor adocicado, pode ser utilizada em saladas.
- Cumari-do-pará (C. chinense) - frutos triangulares e amarelos quando maduros. Bastante picante, é utilizada em conservas.
- Cumari-verdadeira (C. baccatum var. praetermissum) - frutos arredondados ou ovalados, vermelhos e muito picantes.
- Dedo-de-moça (C. baccatum var. pendulum) - frutos alongados e vermelhos. Sua pungência é baixa e é utilizada em molhos, conservas e desidratada, em flocos (calabresa).
- Jalapeño (C. annuum) - originária do México, com frutos grandes, sabor forte e pungência mediana.
- Malagueta (C. frutescens) - uma das mais cultivadas é vermelha, mede de 1,5 e quatro centímetros. Com pungência de média para alta, é a mais utilizada para "esquentar" o acarajé.
- Pimenta-de-cheiro (C. chinense) - frutos alongados, triangulares ou retangulares. A coloração também é variável (amarelo-leitoso ao preto), assim como a pungência (doce até muito picante).
CURIOSIDADES
Você sabia que a primeira pimenta surgiu no ano sete mil antes de Cristo, na região central do México???
O primeiro europeu a ter contato com a pimenta foi também o primeiro a pisar nas Américas: Cristóvão Colombo???
No México até as crianças comem pimenta como se fosse doce!
As pimentas contêm mais vitamina A que qualquer outra planta, e também possuem vitamina C e B???
A pimenta malagueta é fonte de minerais, como potássio, fósforo, magnésio, cálcio e aminoácidos???
As pimentas que ardem tem valor terapêutico: São estimulantes do apetite e da digestão???
A oleorresina de pimenta tem sido usada na fabricação de creme analgésico e antiinflamatório para aliviar dores musculares e artrites???
A pimenta malagueta é consumida no mundo há pelo menos nove mil anos???
A palavra piemnta em alguns idiomas...
Japonês - Togarashi
Árabe - Fulful ahmar
Espanhol (México) - Cola de rata
Espanhol (Peru) - Ají
Espanhol (Espanha) - Pimenta de Cayena
Croata - Paprika ljuta
Dinamarquês - Chilipeber
Holandês - Spaanse peper
Inglês - Red pepper ou Chile
Polonês - Papryka
Português (Portugal) - Piri-piri
Françês - Poivre rouge, Piment fort ou Poivre de cayenne
Alemão - Cayen ou Pfeffer
Italiano - Peperone
Finlandês - Chilipippuri
* Os registros mais antigos do consumo de pimentas datam de aproximadamente 9 mil anos, resultado de explorações arqueológicas em Tehuacán, México. Outros sítios arqueológicos pré-históricos (2500 a.C.) são conhecidos no Peru, nas localidades de Ancon e Huaca Prieta.
* O cultivo de pimentas era uma característica de tribos indígenas brasileiras quando do descobrimento do Brasil. Com a imensa variabilidade de pimentas nativas, certamente pode-se supor que diversas tribos cultivavam e colhiam pimentas; e o plantio de pimenta por tribos indígenas continua até hoje, como entre os índios mundurucus, da bacia do rio Tapajós.
* As rotas de navegação no período 1492-1600 permitiram que as espécies picantes e doces de pimentas e pimentões viajassem o mundo. A globalização do conhecimento e do uso da pimenta tem, possivelmente, seu registro principal no livro De historia stirpium, escrito por Leonhartus Fuchsius em 1543, onde são apresentadas as primeiras ilustrações de pimentas com precisão científica.
* De 1500 para 2000, as sementes e frutos de pimentas e pimentões passaram a ser consumidas por povos de todas as origens, em quantidade crescente e em usos os mais diversos.
* As pimentas e os pimentões pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum. Este gênero possui de 20-25 espécies, normalmente classificadas de acordo com o nível de domesticação. O Brasil destaca-se por possuir ampla diversidade em todas as categorias e contempla 4 espécies domesticadas:
· Capsicum annuum var. annuum
· Capsicum baccatum var. pendulum
· Capsicum chinense
· Capsicum frutescens
Existem ainda 3 espécies semi-domesticadas:
· Capsicum annuum var. glabriusculum
· Capsicum baccatum var. praetermissum
· Capsicum baccatum var. bacctaum
· E também 8 a 10 espécies silvestres.
* As diferentes espécies e variedades (variação morfológica dentro da mesma espécie) domesticadas e semidomesticadas podem ser discriminadas por características morfológicas visualizadas principalmente nas flores.
* Há quem utilize a pimenta como tempero do amor, por acreditar que seja afrodisíaca, e também os que juram que ela afasta o "mau-olhado".
* Hoje, tailandeses e coreanos são considerados os maiores consumidores de pimenta do mundo; o consumo atinge até oito gramas por dia por pessoa. Por aqui, não há dados sobre o consumo, mas o cultivo é feito em praticamente todas as regiões, com destaque para Bahia, Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. As espécies de pimenta do gênero Capsicum - do qual também faz parte o pimentão - pertencem à família
* A característica "ardida" da pimenta, chamada pungência, é exclusiva desse gênero e é atribuída a um alcalóide, a capsaicina, que fica acumulado na parte interna do fruto. A pungência das pimentas pode ser medida em Unidades de Calor Scoville (Scoville Heat Units - SHU), com aparelhos específicos. O valor SHU pode chegar a 300 mil, caso, por exemplo, da cumari-do-pará.
* Os frutos maduros são vermelhos, mas podem variar desde o amarelo até o preto, além de alaranjado, salmão e roxo. O formato varia segundo a espécie, e há frutos alongados, arredondados, triangulares e quadrados.
* As espécies do gênero Capsicum mais cultivadas no Brasil são:
- Bode (C. chinense) - frutos arredondados ou achatados, vermelhos e amarelos. É muito picante e os frutos maduros são utilizados principalmente em conservas.
- Cambuci (C. baccatum var. pendulum) - frutos vermelhos em forma de campânula ou de sino. Com sabor adocicado, pode ser utilizada em saladas.
- Cumari-do-pará (C. chinense) - frutos triangulares e amarelos quando maduros. Bastante picante, é utilizada em conservas.
- Cumari-verdadeira (C. baccatum var. praetermissum) - frutos arredondados ou ovalados, vermelhos e muito picantes.
- Dedo-de-moça (C. baccatum var. pendulum) - frutos alongados e vermelhos. Sua pungência é baixa e é utilizada em molhos, conservas e desidratada, em flocos (calabresa).
- Jalapeño (C. annuum) - originária do México, com frutos grandes, sabor forte e pungência mediana.
- Malagueta (C. frutescens) - uma das mais cultivadas é vermelha, mede de 1,5 e quatro centímetros. Com pungência de média para alta, é a mais utilizada para "esquentar" o acarajé.
- Pimenta-de-cheiro (C. chinense) - frutos alongados, triangulares ou retangulares. A coloração também é variável (amarelo-leitoso ao preto), assim como a pungência (doce até muito picante).
Poderes curativos da Pimenta...Escrito por fitoenergetico em 21/01/2009
A pimenta faz bem à saúde e seu consumo é essencial para quem tem enxaqueca. Essa afirmação pode cair como uma surpresa para muitas pessoas que, até hoje, acham que o condimento ardido deve ser evitado.
A pimenta traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de que provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas. Nada disso é verdade. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o oposto! Muitos dos benefícios da pimenta estão sendo investigados neste exato momento, pela comunidade científica e farmacêutica, originando alguns dos projetos de pesquisa mais picantes deste início de terceiro milênio.
A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde. No caso da pimenta-do-reino, o nome da substância é piperina. Na pimenta vermelha, é a capsaicina.
A pimenta-do-reino é uma frutinha do tamanho de uma mini-ervilha, que no início é verde, depois fica vermelha e finalmente preta. A árvore que lhe dá origem recebe o nome científico de Piper nigrum. A colheita se dá enquanto as frutas estão vermelhas. Em seguida elas amadurecem, secam e se transformam nos grãos de pimenta-do-reino preta que existem à venda. A pimenta-do-reino branca é obtida através da remoção da casca preta da fruta seca. Ambas retêm a piperina, porém a pimenta branca, embora tão picante quanto a preta, possui bem menos aroma.
A pimenta vermelha (que existe em vários tamanhos), assim como outras pimentas (ex: tabasco, habanero, jalapeño), são frutos de árvores do gênero Capsicum, que possui origem na palavra grega kaptos, que significa morder. Afinal, quando colocamos uma dessas pimentas na boca, até parece que elas mordem, de tão ardidas que são.
As substâncias capsaicina e piperina ardem, mas são estudadas justamente pelas propriedades antidor que possuem!
Surpresa! Elas provocam a liberação de endorfinas - verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica! O mecanismo é simples: Assim que você ingere um alimento apimentado, a capsaicina ou a piperina ativam receptores sensíveis na língua e na boca. Esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de que a sua boca estaria pegando fogo. Tal informação, gera, imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica úmido, tudo isso no intuito de refrescá-lo. Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estava pegando fogo, inicia, de pronto, a fabricação de endorfinas, que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar, uma euforia, um tipo de barato, um estado alterado de consciência muito agradável, causado pelo verdadeiro banho de morfina interna do cérebro. E tudo isso sem nenhuma gota de álcool! Quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é produzida! E quanto mais endorfina, menos dor e menos enxaqueca.
E tem mais: as substâncias picantes das pimentas (capsaicina e piperina) melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago. Possuem efeito carminativo (antiflatulência). Estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente.
Existem cada vez mais estudos demonstrando a potente ação antioxidante (antienvelhecimento) da capsaicina e piperina.
Pesquisas têm demonstrado potentes propriedades antiinflamatórias das pimentas. Um artigo publicado em março de 2003, na revista científica Cell Signalling (volume 15, número 6, páginas 299 a 306), conclui que as substâncias ativas da pimenta são candidatas promissoras para o alívio de doenças inflamatórias.
É importante lembrar que a enxaqueca compreende um estado inflamatório, na sua fase de dor.
fonte API
Curiosidades Sobre Pimentas
A pimenta BHUT JOLOKIA em 2007 foi confirmado pelo Guinness World Records como a pimenta mais ardida do mundo, substituindo a Red Savina. É nativa de Assam que fica a Nordeste da Índia. Também cresce nos estados indianos de Manipur e Nagaland .
Eis aqui alguns fatos curiosos sobre as pimentas do gênero Capsicum:
- O 1º europeu a provar pimentas foi Cristóvão Colombo. Ele levou para a Europa diversas plantas desconhecidas como o fumo, a pinha (fruta de conde), abacate, etc. Em seus registros ele escreveu: “Naturalmente não trago nenhuma das especiarias das Índias como o cravo, a canela, o gengibre e a cara pimenta negra, mas trago um monte de Aji, que é a pimenta deles, e é muito mais valiosa que a pimenta negra”.
A palavra Aji ainda hoje é usada pelos povos de língua espanhola da América do Sul para designar algumas variedades de pimentas.
- A pimenta “arde” porque possui um alcalóide chamado capsaicina, produzido por glândulas situadas próximas às sementes dos frutos. Essa substância ao se unir a receptores celulares específicos causam a sensação de ardência. Os pássaros, por não possuírem esses receptores, são imunes à capsaicina, podendo comer pimentas á vontade, contribuindo na natureza para a disseminação das sementes, que passam imunes por seu tubo digestivo.
- O nome Cumari em tupi, significa “o prazer do gosto”, e teria um significado semelhante ao de “tempero” em português.
- A pimenta já era usada pelos povos pré-colombianos como remédio para diversas doenças. Hoje, os estudos científicos comprovam os efeitos benéficos da capsaicina, que está sendo usada como ingrediente de diversos medicamentos, desde os usados na cura de enxaquecas, até na prevenção do câncer.
- Na ilha de Marajó, no norte do Brasil, a pimenta também é usada como arma de caça. O Turu é um molusco que vive em troncos de arvores caídos, e é o prato predileto do Macaco-do-mangue. Sabendo disso, os caçadores capricham na pimenta sobre os bichinhos. Ao comerem o turu apimentado os macacos ficam desnorteados com o ardor, tornando-se presa fácil.
Recordes Apimentados :
- A maior pimenta
Segundo o Guinness Book, a maior pimenta do mundo é a NUMEX BIG JIM, desenvolvida na Universidade do Novo México, com nada menos de 34,5 cm de comprimento.
- A pimenta mais ardida
A Naga Morich ou Bhut Jolokia entrou para o Guiness Book como a pimenta mais ardida do mundo, após testes de laboratório que acusaram nada menos de 1.001.304 SHU, desbancando a antiga campeã Red Savina Habanero (577.000 SHU)
- A pimenta mais pornográfica
Chama-se “Peter Pepper”, com formato extremamente parecido com o órgão sexual masculino.
- O maior pimentão
A variedade híbrida conhecida como Big Bertha apresenta dimensões de 18 x 10 cm...
- O pimentão mais antigo
O primeiro pimentão a surgir com as características que conhecemos, em formato de bloco, com a casca lisa e totalmente desprovido de pungência, foi o CALIFORNIA WONDER, selecionado em 1928 pela C.C. Morse company.
Naga Jolokia, a pimenta mais quente do mundo
No ano 2000, os cientistas no laboratório de defesa da Índia (só podia ser! Vai gostar de pimenta assim lá no raio que o parta, meu. ) reportaram a Naga Jolokia como sendo a mais potente do universo conhecido, atingindo um score de 855.000 unidades na escala Scoville.
A escala Scoville* foi criada para poder estimar com precisão o quanto uma pimenta pode ser ardida. O processo é científico. A pimenta contém a capsaicina, que é um componente químico que estimula os termoreceptores da pele, sobretudo nas regiões de mucosa. Assim, quanto mais capsaicina houver, mais quente é a sensação.
O valor é dado baseado na dissolução da pimenta e seu princípio ativo.
Assim, uma pimenta que leva nota 200,000 ou mais, indica que ela poderá ser diluída 200.000 vezes até que seu princípio ativo não seja mais percebido.
Um tempo depois, um dos exportadores da Naga Jolokia conseguiu um novo laudo onde alguns exemplares da Naga chegaram ao bizarro valor 1.041.427 unidades na mesma escala, o que mostrou que a Naga Jolokia é mais de duas vezes mais quente que a antiga recordista, a Red Savina.
Em fevereiro de 2007 o Guinness certificou a pimenta como a mais ardida do mundo.
*Em 1912, o americano Wilbur Scoville inventou um método em que extrato de pimenta era diluído em quantidades cada vez maiores de água açucarada – até a ardência se tornar imperceptível para um grupo de cobaias humanas. Se uma pimenta recebe mil pontos, por exemplo, isso que dizer que são necessárias mil partes de água para anular uma parte de pimenta. Fonte de pesquisa: Embrapa Hortaliças
Por que a pimenta faz a boca arder?
As pimentas possuem uma proteção natural contra fungos e insetos chamada de capsaicinóide. Essa substância não tem gosto ou cheiro, mas ao ser ingerida por nós, ela aciona umas células nervosas da boca, os nocireceptores. Ao serem estimulados, esses nervos enviam para o cérebro a sensação de dor, ou ardor, como costumamos descrever no caso da pimenta.
Os capsaicinóides não estão presentes em todas as partes da pimenta, eles ficam concentrados naquela região esbranquiçada grudada às sementes. Quanto mais capsaicinóides a pimenta possuir, mas ardida ela será. Existe, inclusive, uma unidade de medida específica para o ardor da pimenta: a Unidade de Calor Scoville (SHU) – em homenagem ao farmacologista Wilbur L. Scoville, pioneiro na medição do teor de ardência das pimentas.
Para se descobrir o SHU de cada pimenta é necessário fazer testes bioquímicos em máquinas com líquidos de alta pressão. Algumas das pimentas mais “quentes” são: a nossa pimenta malagueta, com cerca de 200 mil SHU; jamaican hot (Jamaica e Caribe), com até 200 mil SHU; scotch bonnet (Jamaica, Belize e Caribe), com até 250 mil SHU; red savina habanero (EUA), com até 580 mil SHU; habanero (México), com até 300 mil SHU; e thai (Ásia e EUA), com até 100 mil SHU.
Uma curiosidade é que, quando colocamos uma pimenta na boca, e ela entra em contato com os receptores da língua, o nervo cerebral que é acionado, é responsável também pelo nariz e pelos olhos – além da boca –, por isso é que não só a boca fica formigando, mas os olhos lacrimejam e o nariz fica irritado. Uma solução rápida para acabar com essa sensação causada pela pimenta é ingerir um copo de leite – o leite neutraliza os efeitos dos capsaicinóides.
Não precisamos nos preocupar com a ingestão da pimenta, pois ela não irrita nem causa mal ao nosso tubo digestivo.
E lembre-se: se a pimenta entrar em contato com seus olhos, arderá muito, pois a córnea é sensível aos capsaicinóides; mas se entrar em contato com os olhos dos outros, talvez não... Afinal, é por isso que o ditado popular diz que “pimenta nos olhos dos outros é refresco”!
Fontes:
Revista Mundo Estranho. Editora Abril: www.mundoestranho.abril.com.br
Revista SuperInteressante. Editora Abril: www.super.abril.com.br
Jornal Folha on-line, Ciência: www1.folha.uol.com.br
Invivo, site da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde: www.invivo.fiocruz.br
Site Mundo educação: www.mundoeducaçao.com.br
O poder curativo da Pimenta
É preciso desmistificar os malefícios que a pimenta pode provocar á saúde e ressaltar os benefícios que ela efetivamente promove.
Pesquisas indicam que as pimentas são excelentes no combate as cefaléias e as dores de dente, aumentam a taxa metabólica e até queimam calorias.
A Capsicum (pimentões e variedades picantes), por exemplo, possuem a “capsaicina”, substância que auxilia a digestão, estimula o movimento do colo intestinal e a secreção salivar, é ela que é a responsável pelo sabor picante das pimentas.
Se consumidas com moderação, além de possuírem um grande valor nutricional e poder curativo, as pimentas são consideradas poderosas fontes de vitaminas A, C e B.
Claro que o alerta fica para as pessoas com problemas como úlcera, gastrite ou hemorróidas, o abuso ou o uso não é recomendável.
Doenças
Segue abaixo algumas doenças que podem ser tratadas com a ingestão de pimenta
Antiflatulência
As substâncias picantes das pimentas, possuem efeito antiflatulência.
Estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlcera), desde que outras medidas alimentares sejam aplicadas conjuntamente.
Ardência na boca
A água não atenua a ardência do condimento; o melhor para esses casos é o leite.
Artrite
A “capsaicina” diminui os níveis de necrose tumoral alfa, relacionado a inflamações.
Baixa imunidade
A pimenta tem sido aplicada em diversas partes do mundo no combate ao Vírus HIV com resultados promissores.
Câncer
Pesquisas nos ESTADOS UNIDOS revelam que a “capsaicina” possui a capacidade de inibir o crescimento de células de tumor maligno na próstata, sem causar toxicidade.
Já em Taiwan os médicos observaram a morte de células cancerosas do esôfago.
Catarata e Mal de Alzheimer
Por ser antioxidante, rica em flavonóides e vitamina C, a pimenta pode ainda reduzir o risco de doenças crônicas como, Catarata e Mal de Alzheimer. Removendo as substâncias tóxicas, que vêm da alimentação e poluição e assim, limpando o sangue.
Circulação
Seus componentes anticoagulantes ajudam na desobstrução dos vasos sanguíneos.
Males do coração
A pimenta caiena tem sido apontada como capaz de interromper um ataque cardíaco em 30 segundos, pois contém componentes anticoagulantes que ajudam na desobstrução dos vasos sanguíneos e ativam a circulação arterial.
Depressão
A ingestão da iguaria aumenta a liberação de noradrenalina e adrenalina responsáveis pelo nosso estado de alerta, que está associado também á melhora do ânimo em pessoas deprimidas.
Diabete
A ingestão de pimenta regularmente durante as refeições, diminui a taxa de glicemia.
Enxaqueca
O seu consumo é essencial para quem tem enxaqueca. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas á saúde. Elas provocam a liberação de endorfinas – verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica.
Feridas Abertas
Colocar o pó da pimenta diretamente sobre a pele machucada, ajuda muito, pois é antisséptica, analgésica, cicatrizante e anti–hemorrágica.
Gripes e Resfriados
Tanto para o tratamento quanto para a prevenção dessas doenças, é comum recomendar a ingestão de uma pequena pimenta malagueta por dia. Tomar com água como se fosse um comprimido.
Infecções
O alimento combate as bactérias, já que tem poder bacteriostático e de defesa, estimulando a recuperação imunológica.
Obesidade
Algumas pesquisas revelam que a pimenta pode ser uma aliada no combate á obesidade. Conforme pesquisa, a pimenta derreteria os estoques de energia acumulados em forma de gordura corporal. Graças á “capsaicina”, substância presente na parte mais esbranquiçada, onde ficam as sementes.
A pimenta vermelha, durante as refeições, proporciona ação no Sistema Nervoso com respectivo aumento da liberação de catecolaminas, reduzindo o apetite e da ingestão de calorias, proteínas e gorduras nas refeições seguintes. As pesquisas indicam que cada grama queima 45 calorias.
Reumatismo, Artrite e Artrose
Recomenda–se a aplicação de compressas quentes ou frias nas articulações, feitas com 250 gramas de pimenta vermelha socada e misturada a uma pasta de purê de inhame. Use uma vez ao dia até melhorar.
Pressão alta
Ajuda a regularizar a pressão arterial, por possuir propriedades vasodilatadoras.
É importante ressaltar que não se deve abandonar o tratamento médico!!
As pimentas e os pimentões pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum. É cultivada principalmente nos estados de MG, BA e GO. Consumidas no Brasil, principalmente na forma de conserva de fruto inteiro em vinagre ou azeite.
A pungência ou picância das pimentas deve-se a presença da capsaicina. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente esta que possui as propriedades benéficas à saúde. A capsaicina têm propriedades medicinais comprovadas, atua como cicatrizante de feridas, antioxidante, dissolução de coágulos sanguíneos previne a arteriosclerose, controla o colesterol, evita
hemorragias, aumenta a resistência física. Além disso, influencia a liberação de endorfinas, causando uma sensação de bem-estar muito agradável, na elevação do humor.
CLIMA E SOLO
É cultivada em regiões de clima tropical com precipitação pluviométrica variável de 600 a 1.200 mm e uma temperatura média de em torno de 25ºC. Temperaturas inferiores a 15ºC prejudica o desenvolvimento vegetativo da planta. O solo mais recomendado é o que apresenta textura leve com pH entre 5,5 a 6,0 com boa drenagem.
VARIEDADES
As variedades de pimenta mais cultivadas no Brasil são:
a) pimenta malagueta - fruto de 2cm de comprimento e em média 0,5 cm de largura e coloração vermelha forte.
b) pimenta comari - fruto esférico e vermelho-escuro
c) pimenta de cheiro - fruto esférico e cor amarela
d) pimenta chifre de veado - cor vermelha ou amarela e frutos com 5 a 7 cm de comprimento e 1,5 de largura e apresentam curvas na extremidade.
PLANTIO
Nas regiões mais frias, o plantio deve ser feito de agosto a outubro e nas regiões mais quentes em qualquer época do ano. As sementes 2 ou 3 g por metro quadrado vão primeiro para sementeiras, distribuídas em sulcos distanciados 10 cm. Um grama contém 300 sementes. Para o plantio de 1 ha é preciso cerca de 300g de sementes. A germinação ocorrerá de 15 a 20 dias após o plantio e as mudinhas devem ser mudadas
quando apresentarem de 4 a 6 folhas.As mudas devem ser transplantadas para o campo, canteiro ou vaso, com 15-20 cm de altura, cerca de 50-60 dias após a semeadura.
ADUBAÇÃO E CALAGEM
Fazer a correção da acidez do solo e adubação com base na análise química do solo. O solo deve ter boa drenagem e pH entre 5,5 a 6,8. Aplicar calcário para elevar a saturação de bases a 80%. Em situações onde é muito difícil fazer a análise química do solo, existem algumas aproximações que auxiliam o produtor quanto às quantidades e tipos de adubos a serem utilizados.
Recomenda-se o uso de 1 a 2 kg de esterco de curral curtido, 200 g de superfosfato simples e 20 g de cloreto de potássio por metro linear. A adubação com micronutrientes é importante, recomenda-se 2 kg/ha de B, 2 kg/ha de Zn e 10 kg/ha de S.
Até a fase de florescimento, as adubações de cobertura são feitas com em intervalos de 30-45 dias até o final do ciclo. Normalmente utilizam-se 30 kg/ha de N e 30 kg/ha de K2O.
TRATOS CULTURAIS
Manter a área livre de plantas daninhas por meio de capinas. As hastes lenhosas da maioria das variedades de pimenta dispensam o uso de tutor. Fazer a adubação de manutenção, utilizando 20 g de sulfato de amônio em cobertura com cerca de 30 dias após o plantio.
PRAGAS E DOENÇAS
Os insetos e ácaros estão associados com o cultivo desde a sementeira até a colheita dos frutos. A maioria das espécies não causa dano econômico e algumas são consideradas benéficas, podendo ser predadores de outros insetos. A forma mais eficiente e econômica de prevenir os danos causados por
pragas e doenças é através do monitoramento da cultura Portanto é prudente consultar um técnico com experiência e conhecimento na área de controle de pragas e doenças.
COLHEITA E RENDIMENTO
A colheita é feita manualmente, de 100 a 120 dias após o plantio. O rendimento médio por ha varia de cultivar para outra. A malagueta produz 10 t/ha. A colheita no primeiro ano sempre é maior, muitos plantadores preferem renovar anualmente as suas culturas.
COMPOSIÇÃO
O valor nutricional da pimenta é relativamente alto, por constituir boas fontes de vitaminas, principalmente C e, em tipos ingeridos secos, vitamina A. Apresenta ainda cálcio, ferro, caroteno, tiamina, niacina, riboflavina e fibras
COMERCIALIZAÇÃO
O mercado para a industrialização da pimenta consiste, basicamente, na secagem, na conserva do fruto inteiro e na produção de molho. No processo de conserva do fruto inteiro, a pimenta é acondicionada em embalagens de vidro em solução com álcool, cachaça, vinagre, óleo de cozinha ou azeite. A variedade deve apresentar frutos com boa aparência, uniformidade no tamanho e na forma, polpa firme e boa conservação. Geralmente se comercializa em caixas de 12 kg. As pimentas menores são embaladas em garrafas, em conserva com vinagre, sal e óleos comestíveis. É muito comum a comercialização em feiras livres ou indústrias de conservas.
Fonte: www.ceplac.gov.br
Pimenta
História da Pimenta
As pimentas são originarias das Américas e foi no tempo do Descobrimento que elas foram introduzidas no resto do mundo.
Os pontos "quentes" no mundo das comidas picantes são: México, Guatemala, a maior parte do Caribe e África, parte da América do Sul, Índia, Indonesia, Malásia, Coréia, Tailândia, sudoeste da China, os Balcãs e América do Norte.
As pimentas pertencem ao gênero Capsicum, da mesma família da batata, tabaco, petúnia, entre outras. Seu nome varia muito em cada lugar onde é cultivada e a mesma planta pode receber vários nomes .
Do dialeto Nahuatl do idioma Asteca, surgiu o nome Chiltepin. Este era o nome dado a uma das variedades conhecidas de pimentas mais antigas. Acredita-se que o nome é uma união das palavras Chile e Tecpintl e sua combinação traduz-se: "chile pulga" que é atribuída ao gosto picante da pimenta chile. Através dos tempos o nome foi sofrendo alterações do nome original: chile + tecpintl para chiltecping, chiltepin e chilepiquin.
As pimentas parecem ter surgido a 7.000 anos a.C. na região do México Central. O primeiro europeu a descobrir foi Cristovão Colombo em uma das suas viagens para a América em 1493, quando procurava uma fonte alternativa de pimenta preta, condimento favorito na Europa na época. Após um século, as pimentas vermelhas tinham se espalhado por todos os continentes.
A pimenta vermelha é nativa do Hemisfério Ocidental e provavelmente evoluiu de uma forma ancestral na região da Bolívia e Peru. As primeiras pimentas consumidas foram coletadas provavelmente de plantas selvagens. Aparentemente os índios já cultivavam pimentas entre 5.200 e 3.400 a.C., o que coloca as pimentas entre as plantas cultivadas mais antigas das Américas.
Não é exatamente conhecido quando foram introduzidas as pimentas no Novo México. Elas podem ter sido usadas pelos nativos indígenas como um medicamento, uma prática comum entre os Maias. Até que o espanhol chegasse no México, os fazendeiros Astecas já tinham desenvolvido dúzias de variedades.
Sem dúvida, estas pimentas foram as precursoras do grande número de variedades achadas hoje no México. Se foram comercializadas pimentas nos pueblos de Novo México ainda não está claro. Porém as pimentas são cultivadas no Novo México durante pelo menos quatro séculos.
Aspctos Nutrcionais
São um alimento extremamente nutritivo. Contém vitamina A, B e C além de quantidade significante de magnésio, ferro e aminoácidos. O Ácido Fólico e o Betacaroteno presentes nas pimentas tem poderes anti-cancerígenos.
As pimentas aumentam a taxa metabólica do organismo e este efeito térmico faz com que aproximadamente 6 gramas de pimenta queimem cerca de 45 calorias.
Cores e sabores fortes estão intimamente ligados. Pimentas vermelho vivo são superiores em sabor que as verdes. Além disso tudo, toda pimenta muda de cor de acordo com sua maturação, indo do verde para outra matiz, principalmente o vermelho.
A Capsaina presente na pimenta protege a mucosa contra os danos causados por álcool, estimula a salivação e limpa os dentes, garantindo gengivas fortes e sadias.
As pimentas realçam o sabor dos alimentos e, dependendo do prato, deve-se diferenciar a variedade para combinar o sabor e o ardume. A ardência da pimenta, única no reino vegetal, resulta da presença de um grupo de alcalóides específicos.
Pimenta de "sino" (bell) ou pimenta doce, geralmente refere-se às pimentas não picantes ou pouco picantes, de aspecto maciço (pimentão), enquanto a pimenta Chile significa as variedades de pimentas ardentes ou quentes.
Depois do sal, é o condimento mais utilizado no mundo e encontrado em quase todos os lugares atualmente.
Dentre suas propriedades terapêuticas podemos destacar ser um antibiótico natural e ter propriedades cicatrizantes.
Fonte: www.vivamexico.com.br
Pimenta Vermelha
O que são as pimentas?
Ervas, especiarias, vegetais, condimentos, decoração? É tudo isso. Depois do sal, é o condimento mais utilizado no mundo e encontrado em quase todos os lugares atualmente. Aquele sabor picante muito apreciado em pratos de todo o mundo faz das pimentas um condimento especial.
São nativas da América do Sul, Central. Tem-se registro da existência do uso de pimenta-de-cheiro há 4000 anos na América Central, possivelmente o primeiro aditivo alimentar das antigas civilizações do México e América Central. Sua origem exata é controversa alguns pesquisadores acreditam que ela surgiram na Bacia Amazônica, enquanto outras afirmam que elas se originaram na América Central ou México.
Além da pimenta-do-reino, especiaria de origem asiática, as que mais se popularizaram foram as pimentas vermelhas, nome dado genericamente a vários tipos de pimenta do gênero Capsicum, o mesmo dos pimentões.
No Brasil são produzidas algumas dezenas de variedades dessas pimentas. Até o começo dos anos 90, o Brasil era o primeiro produtor e consumidor mundial de pimentas. Hoje, no entanto, o país perdeu diversas posições no ranking, ficando atrás do México – atualmente o maior mercado produtor e consumidor de pimentas do mundo -, da Índia, da Tailândia e de alguns países africanos. Os indianos e chineses consomem, em média, 5 gramas de pimentas por dia, contra 2 gramas consumidos diariamente no Brasil.
A plantação de pimentas é uma atividade adequada a agricultura familiar pois geralmente é cultivada em 0,5 a 6 hectares por produtor.
Características Botânicas da Pimenta Vermelha
As pimentas pertencem ao gênero Capsicum, da mesma família da batata, tabaco, petúnia entre outras. Ao longo dos anos as plantas foram sendo domesticadas e sua cor, sabor tamanho e forma foram se modificando pela seleção humana. Sua ardência, única no reino vegetal, resulta da presença de um grupo de alcalóides específicos. Existem mais de vinte e cinco espécies conhecidas. A maneira mais correta de identificação são pelas flores e não pelo fruto. Seu nome varia muito em cada lugar onde é cultivada e a mesma planta pode receber vários nomes. Uma mesma planta pode sofrer alterações de acordo com o local, ensolação, temperatura e umidade em que é plantada.
Planta arbustiva com caule resistente e perene, atingindo 1,20 m de altura, com ampla ramificação lateral. As folhas são alternas, sem estípulas, de forma variada. As flores geralmente actinomorfas (com um só plano de simetria), ovário súpero, bicarpelar. Normalmente autopolinizada, porém a polinização cruzada também ocorre quando são plantadas duas cultivares muito próximas (FILGUEIRA,2000).
Classificação Botânica
Ordem: SCROPHULARIALES
Família: Solanaceae
Gênero: Capsicum
Espécies
Capsicum baccatum
Dedo-de-moça, chifre-de-veado-cambuci e sertãozinho.
Capsicum frutescens
Malagueta.
Capsicum chinense
Cheiro, murici.
Capsicum praetermissum
Cumari
Capsicum annuum
Cv. Agronômico11.
Agrotecnologia
Clima e época de plantio
As pimenteiras são exigentes em calor e intolerantes ao frio. Por isso devem ser semeadas no início da primavera (setembro-outubro). Em regiões de baixa altitude com inverno suave é possível o plantio ao longo do ano. O fotoperíodo curto favorece o crescimento porém a planta é neutra em termos de florescimento (FILGUEIRA,2000).
Solos e adubação
Preferência a solos areno-argilosos férteis, profundos, ricos em matéria orgânica e com pH 5,5 a 6,8.
O adubo deve ser aplicado no sulco de transplante das mudas. Para solos de fertilidade mediana ou baixa, e na falta de dados experimentais regionais, sugere-se a aplicação de seguintes teores (kg/ha) de macronutrientes: N:40, P2O5: 350-600 e K2O:120-180. Devido ao período de colheita prolongado e levada produtividade é necessário complementar com adubações de cobertura contendo N e K, pois trata-se também de uma cultura perene permanecendo no campo por mais de um ano.
Implantação da cultura
A semeadura em bandeja alveolada, deve-se transplantar as mudas com o torrão quando as plantas estiverem com 7-8 cm de altura e 4-5 folhas definitivas. O espaçamento é 130-150 cm, entre linhas e 80-100 cm entre plantas.
Tratos culturais
A irrigação deve ser feita durante o outono - inverno. Entretanto a drenagem deve ser assegurada para evitar a podridão-do-colo. As capinas devem ser realizadas cuidando para não ferir as raízes.
Anomalias fisiológicas
É a queda de flores e frutinhos devido a ação de baixa temperaturas, um fator limitante à cultura da pimenteira.
Controle fitossanitário
Podridão-do-colo: causado pelo fungo de solo Phytophthora capsici. Caracteriza-se pela podridão escura do colo da planta. O controle é feito usando sementes sadias e controlando a irrigação e drenagem, efetuar rotação e usar fungicidas sistêmicos após o transplante.
Mosaico Y
Causado por diferentes estirpes do vírus PVY. Único controle é o uso de variedades resistentes e controle dos insetos vetores auxilia a prevenção a essa virose.
Aspectos Nutricionais e Organolépticos
Pimentas não são apenas boas mas também nutritivas. Elas contém mais vitamina A que qualquer outra planta e são excelente fonte de vitamina C e B. Elas possuem também quantidade significante de magnésio, ferro e aminoácidos.
As pimentas aumentam a taxa metabólica do organismo e este efeito térmico faz com que aproximadamente 6 gramas de pimenta queimem cerca de 45 calorias. Mas as pessoas não comem pimenta pelas vitaminas ou minerais mas pela sua ardência e todas, inclusive as ornamentais, são comestíveis.
O componente do sabor é encontrado na parte mais externa da planta, muito pouco internamente e nada nas sementes. Cor e sabor caminham lado a lado e o "condimento" parece estar associado com o pigmento carotenóide. Cores e sabores fortes estão intimamente ligados. Pimentas vermelho vivo são superiores em sabor que as verdes. A variedade Habanero é uma das mais aromáticas e seu sabor inigualável. É considerada a mais forte que existe. Sabor e cheiro são percepções distintas que adicionam agradável sensação quando comemos.
A cor é em elemento importante na composição de um prato. Poucas comidas são mais estimulantes que um prato com pimentas vermelha, amarela, verde, marrom, laranja e púrpura.
Toda pimenta muda de cor de acordo com sua maturação, indo do verde para outra matiz, principalmente o vermelho.
Principais Estados Produtores
Destacam-se os estados da regiões Nordeste (Ceará, Pernambuco e Bahia), Sudeste (São Paulo), Norte (Amazonas e Pará) e alguma produção na região Centro-oeste.
Em certas regiões do Ceará, a atividade industrial caracteriza-se pela predominância de pequenos estabelecimentos. A maioria opera em beneficiamento ou processamento de produtos oriundos da agricultura, com é o caso da Serra da Ibiapaba.
No Rio Grande do Sul , o plantio concentra-se na região de Pelotas, mais precisamente Turuçu e entorno (São Lourenço), num total de 120 ha. A produtividade chega a 14 t de frutos frescos/ha .
Produção e Produtividade
Apesar de muitos cultivos serem feitos de maneira rudimentar, é um mercado que movimenta valores em torno de 80 milhões de reais ano, incluindo o consumo interno e as exportações. Apenas a comercialização de sementes é responsável por um mercado de 3 milhões de reais/ano.
As pimentas vermelhas respondem pelo terceiro lugar em produção e consumo de hortaliças para tempero no Brasil, atrás apenas do alho e da cebola. Sua área cultivada é de 12.000 hectares, de acordo com dados do livro "Capsicum – Pimentas e Pimentões no Brasil", do pesquisador Franscisco Reifshneider, lançado recentemente pela Embrapa.
A produtividade é de 7 a 10 toneladas por hectare, e estima-se uma produção anual superior a 100.000 toneladas (MURAYAMA,1973).
Existe no Brasil uma bolsa de mercadorias especializada em pimentas e outros condimentos. É a "Brazilian Peppertrade Board", uma espécie de "bolsa de valores"eletrônica, cujos lances e negócios são feitos pela "internet " (https://www.peppertrade.com.br/). É um tipo de negócio restrito a pessoas jurídicas que atuam com comércio ou indústria dos setores alimentício, de especiarias ou aditivos e cosméticos.
Desde 1998 a Agropecuária Avaí 956, instalada em São Gonçalo do Amarante (CE), vem trabalhando na produção e beneficiamento da polpa de pimenta malagueta , da variedade Tabasco, destinada a exportação para o mercado norte-americano. No ano de 2001, as exportações devem totalizar 437 toneladas e, para 2002, a empresa estima enviar cerca de 875 toneladas para os Estados Unidos. As lavouras utilizam 3 pessoas por hectare durante 7 meses e recebem US$ 0,50 por kg. O produtor fatura R$ 10.000,00 por hectare.
A Embrapa Agroindústria Tropical está realizando pesquisas para obtenção de genótipos adaptados às condições do estado do Ceará, e melhorar as características como elevar a produtividade em 10%, padronizar a cor e o teor de capsaicina, e produzir polpa de qualidade superior, isto em três anos.
Variedades para Industrialização
Malagueta (Capsicum frutescens)
Arbusto medindo de 0,90 a 1,20 m, bem esgalhado e caule tortuoso. Frutos de coloração vermelha, 15 a 35 mm de comprimento e 5mm de diâmetro transversal. Possui cachos com três a cinco frutos voltados para cima. A Malagueta é um cultivar muito popular aqui no Brasil. Essa variedade é muito utilizada na fabricação de molho de pimenta.
Chifre-de-veado
Também conhecida como dedo-de-moça, arbusto com 1 metro de altura e caule tortuoso, frutos de coloração vermelha medindo 75 mm de comprimento e 15 mm de diâmetro transversal, sendo curtos e afilados.
Comum
Arbusto com mais de 1 m de altura, com caule não tortuoso. Os frutos são maiores que a variedade Chifre-de-veado, vermelhos, eretos ou pendentes e ,às vezes com a extremidade curva.
Cumari
Arbusto de menor porte que os anteriores, com 0,70 a 0,80 m de altura e internódios curtos. Os frutos são vermelhos, ovais, arredondados ou periformes, com menos de 1 cm de diâmetro.
Sertãozinho
É uma pimenta doce, são frutos grandes e alongados e vermelhos.
Principais Produtos Alimentícios Derivados da Matéria-Prima
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Consumo in natura
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Polpa de pimenta
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Geléia de pimenta
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Molho de pimenta
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Margarita
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Tempero em pó
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Sal temperado - Pimenta
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Pimenta desidratada
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Pimenta em conserva
Bibliografia
FILGUEIRA, F.R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV, 2000. 402p.: il.
MURAYAMA, S. Horticultura. 2a ed. Campinas, Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1973. 322p.: il.
VICENTE, A.M., CENZANO, I., VICENTE, J. M. Manual de Indústria dos Alimentos. São Paulo, 1996. 599p.
GIACOMETTI, D.C. Ervas Condimentares e Especiarias. São Paulo: Editota Nobel, 1989.
Como Fazer Molho de Pimenta. NUTEC - Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial. CNPq/IBICT FINEP SEBRAE CNI/Dampi. 2. ed., Brasília, 1994.
FRANCO, G. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 9. ed., São Paulo: Editora Atheneu, 1997.
Molho de Pimenta
Histórico
O molho de pimenta sempre teve importância na culinária nacional e internacional. Países como México e outros da América Central apreciam muito a pimenta in natura e principalmente na forma de molho. No Brasil, esta iguaria também é muito apreciada, principalmente nos estados do nordeste. Na Bahia, por exemplo, o molho de pimenta é acompanhamento indispensável no preparo do acarajé, vatapá, bobó de camarão, muqueca de peixe e etc.
Definição
Segundo a legislação vigente no Brasil, os condimentos ou temperos são produtos constituídos de uma ou diversas substancias sápidas, de origem natural. Podendo ou não possuir sem valor nutritivo e sendo empregado nos alimentos com o fim de modificar ou exaltar ou ainda caraterizar o seu sabor. Por tanto o molho de pimenta, fica adequadamente enquadrado na Resolução - CNNPA nº 12, de 1978 publicada no diário Oficial da União de 24 de julho de 1978.
Atributos de qualidade
Sabor
Picante, de acidez própria, como esperado pelo consumidor. Esta característica é afetada pelas etapas:de colheita e recepção, de seleção, de maturação, de cozimento e de mistura.
Cor
face="Arial">Vermelho característico, uniforme, característica da pimenta malagueta. Para isso os frutos devem apresentar estado de maturação homogêneo. Esta característica é afetada pelas etapas: colheita e recepção, de seleção, de maturação, de remoção de indesejáveis, de cozimento, de homogeneização e de armazenamento.
Aroma
Próprio do produto, devido ao estado de maturação da pimenta. Esta característica é afetada pelas etapas:colheita e recepção, de seleção, de maturação e de cozimento.
Fluidez
O molho deve possuir fluidez adequada para que possa ser adicionado em pequenas gotas em receitas ou diretamente em lanches ou saladas. O produto deve ser um líquido viscoso, porém sem que atinja as características de uma pasta. Esta característica é afetada pelas etapas: de despolpagem e de homogeneização.
Ausência de sólidos decantados
Ao permanecer exposto à venda, o produto não deve precipitar, pois confereria ao mesmo um aspecto desagradável. Esta característica é afetada pelas etapas: de despolpagem e de homogeneização.
INGREDIENTES
O tradicional molho de pimenta é feito com vinagre, pimenta e sal e envelhecido em barris carvalho.
O sal para consumo humano, segundo a legislação é cloreto de sódio cristalizado, extraído de fontes naturais, adicionado obrigatoriamente de iodo. No molho de pimenta, o sal é utilizado como conservante natural, uma vez que em concentrações adequadas, diminui a atividade de água dos alimentos, inibindo o crescimento microbiano.
O vinagre, isoladamente, ou vinagre de vinho é o produto obtido da fermentação acética do vinho. Assim como o sal, o vinagre também será utilizado como um conservante (diminuindo o pH do produto), bem como para a obtenção do produto em forma viscosa, uma vez que se utiliza apenas a pimenta, o sal e o vinagre.
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL
Quantidade por porção | |
Porção: 1 colher de chá (5ml) | % VD |
Calorias: 0 | 0 |
Gordura total: 0 | 0 |
Sal: 30mg | 1 |
Carboidrato: 0g | 0 |
Proteínas: 0g | 0 |
Vitamina A: 0,3mg | 4 |
Valores diários de referência com base em uma dieta de 2.000 calorias. |
Ardência da Pimenta
Escala de Scoville
Em 1912 um químico chamado Wilbur Scoville que trabalhava para a companhia farmacêutica Parker Davis desenvolveu um método para medir o nível de "calor" das pimentas. O teste foi chamado depois de, " Scoville Organoleptic Teste ".
No teste original, Wilbur misturou pimentas puras moídas com açúcar e água. Provadores tomavam a solução em concentrações crescentemente diluídas, até que eles alcançaram o ponto que o líquido já não queimava a boca. Um número foi então dado a cada pimenta, baseado em quanto precisou ser diluída até que eles já não pudessem provar (sentir) o calor. É um procedimento de diluição subjetivo, levando em conta o gosto.
A ardência (ou fator de calor) das pimentas é medida em múltiplos de 100 unidades. Da Sweet Bell, zero unidades de Scoville ao poderoso Habanero, 300,000 unidades de Scoville! A substância que faz uma pimenta tão quente é chamada Capsaicina, que fica entre 15,000,000 e 16,000,000 unidades de Scoville!
Tabela Simplificada
Escala de Scoville
( clique para ampliar )
Confira a tabela de algumas variedades de pimentas e sua unidade Scoville. Devido a condições de crescimento, solo e temperatura, pimentas tendem a variar entre níveis mais acima ou abaixo dos aqui listados, mas também pode ir além deles.
Fonte: www.ufrgs.br
Pimentas do Brasil
PIMENTA MALAGUETA
Pimenta Malagueta
Nome científico: Capsicum frutescens.
Grau de Ardência: 150.000
Formato e posição dos frutos: alongados e cônicos.
Tamanho dos frutos (compr. x larg.): 1,5-3,5 x 0,3-0,5 cm.
Coloração dos frutos: verde (imaturos) e vermelho (maduros)
Pungência: picante médio a alto. Aroma: baixo.
Características especiais: Paredes muito finas.
Existe a malaguetinha com tamanho mais reduzido.
Uso: condimento no preparo de peixes, acarajés e carnes; molhos de pimentas e conservas.
PIMENTA DE CHEIRO
Pimenta de Cheiro
Nome científico: Capsicum chinense.
Grau de Ardência: 45.000
Formato dos Frutos: Grande variabilidade.
Tamanho dos frutos: (compr. x larg.): 1,5-1 x 1-3 cm.
Coloração dos frutos: amarela leitosa, amarela forte, alaranjada, salmão e vermelha até preta (maduros).
Pungência: Picante baixo a picante alta. SHU = 15.000 a 30.000
Aroma: Forte e característico
Uso: Condimento para saladas, arroz e preparo de peixes.
PIMENTA CUMARI
Pimenta Cumari
Nome científico: Capsicum baccatum, var. baccatum e var. praetermissum
Grau de Ardência: 220.000
Cor: Verde (imaturo), vermelha e alaranjada (madura)
Tamanho: 0,4 a 1,3 x 0,3 a 0,7 cm
Formato: Arredondado a ovalado, com ápice arredondado
Pungência: Picante alto. SHU= 15.000 a 30.000
Aroma: Baixo
Usos:Conservas
Outros Nomes: Passarinho, cumari-miúda, comari e pimentinha
PIMENTA BODE
Pimenta Bode
Nome científico: Capsicum chinense
Grau de Ardência: 105.000
Cor: amarela ou vermelha
Tamanho: 1,0 X 1,0 cm
Formato: Arredondado ou achatado
Pungência: Picante médio a alto. SHU= 15.000 a 30.000
Aroma: Forte
Usos: Temperos para carne, arroz, feijão, pamonha salgada e biscoitos de polvilho. Os frutos maduros
são usados em conservas e molhos.
PIMENTA MURUPI
Pimenta Murupi
Nome científico: Capsicum chinense
Cor: Verde (imaturo), amarela pálida, amarela viva ou vermelha (maduro)
Tamanho: 3,5 a 6,0 X 1,0 cm
Formato: Alongado
Pungência: Picante média a alta. SHU = 15.000 a 30.000
Aroma: Forte e característico
Usos: Condimentos, molhos misturado ao caldo do tucupi e conservas com vinagre, óleo ou soro de leite
PIMENTA JALAPEÑO
Pimenta Jalapeño
Nome científico: Capsicum annuum var. annuum
Grau de Ardência: 35.000
Cor: Verde clara ou escura (imaturo), vermelha (maduro)
Tamanho: 5,0 a 8,0 X 2,5 a 3,0 cm
Formato: Cônico, triangular
Pungência: Picante médio. SHU= 2.500 a 5.000
Aroma: Alto
Características especiais: Paredes grossas e estrias
Usos: Consumo fresco, molhos líquidos, conservas em vinagre ou azeite e desidratados (condimentos)
PIMENTA DEDO-DE-MOÇA
Pimenta Dedo de Moça
Nome científico: Capsicum baccatum var. pendulum
Outros nomes: Chifre-de-veado, pimenta vermelha e calabresa
Cor: Vermelha (maduro)
Tamanho: 7,0 a 7,5 X 1,0 a 1,5
Formato: Alongado
Pungência: Picante baixo. SHU = 500 a 2.500
Aroma: Baixo
Usos: Molhos líquidos, conservas e calabresa (desidratado na forma de flocos com sementes)
PIMENTA CUMARI-DO-PARÁ
Pimenta Cumari-do-Pará
Nome científico: Capsicum chinense.
Grau de Ardência: 220.000.
Formato dos frutos: Triangular
Tamanho dos frutos: 3,0 x 1,0 cm.
Coloração dos frutos: Amarelo.
Pungência: Picante alto.
Aroma: Médio.
Uso: Principalmente em conservas.
Picante e saudável
Excesso de pimenta vermelha pode levar a problemas de saúde, mas consumo moderado faz bem
Nos últimos anos, uma série de estigmas sobre alguns alimentos, considerados prejudiciais à saúde, tem sido colocada em questão por médicos e especialistas. Foi provado, por exemplo, que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, uma taça de vinho por dia faz bem ao coração, evitando problemas cardíacos. O chocolate, muito discutido por conter substâncias que viciam, também passou a ser recomendado, em quantidade controlada, já que sua ingestão produz endorfina no organismo de quem o consome, o que causa uma sensação saudável de prazer e bem-estar.
Recentes estudos têm apontado também os benefícios da pimenta, alimento culturalmente considerado "veneno", principalmente para quem tem hemorróidas, gastrite ou hipertensão. De acordo com a nutricionista Daniella Fialho, o excesso no consumo de pimenta vermelha pode levar a problemas de saúde, mas seu consumo moderado até faz bem.
Segundo a nutricionista, a capsaicina é a substância contida na pimenta vermelha, que causa a sensação de ardor e é justamente essa substância a responsável por seus três efeitos farmacológicos: antiinflamatório, antioxidante e capacidade de liberar endorfina. No caso da pimenta-do-reino, essa substância é a piperina, que tem efeitos semelhantes. Daniella explica que, ao ingerir alimentos apimentados, a capsaicina ativa receptores sensíveis na língua.
Diante da sensação de que a boca está "pegando fogo", o cérebro recebe o estímulo de apagá-lo, liberando a endorfina, que causa uma sensação de bem-estar e faz da pimenta um alimento aconselhável para quem tem enxaqueca ou dores de cabeça crônicas. "A pimenta engana o cérebro, simulando um fogo que não existe. Com isso, o organismo produz uma substância benéfica à saúde, inclusive nos casos de depressão", afirma a especialista. A salivação, transpiração e o rosto vermelho, provocados pela vasodilatação causada pela pimenta, são, na verdade, uma defesa do organismo e nenhum dano físico pode ser causado por esses sintomas, afirma a nutricionista.
Por ser antioxidante, rica em flavonóides e vitamina C, a pimenta pode ainda reduzir o risco de doenças crônicas como câncer de próstata, catarata, diabetes e mal de Alzheimer. "Ela limpa o sangue, removendo substâncias tóxicas, que vêm da alimentação e poluição."
No caso de gastrite, a pimenta pode ser prejudicial, se ingerida em grande quantidade. Ela provoca o aumento das enzimas digestivas, inclusive as ácidas, o que agravaria a gastrite, mas, segundo o médico, nesse caso, a pimenta não é mais maléfica que o suco de laranja, refrigerante a base de cola, chips e abacaxi, alimentos que também não são aconselháveis a quem sofre de gastrite. "Se não houver exagero, não tem nenhum problema.
A pimenta não causa mais acidez que esses alimentos. É claro que existem inúmeros tipos de pimenta. Se o consumidor temer a mais forte, que é a abanero, uma pimenta mexicana, ele pode optar pela pimenta-do-reino, que é a mais fraquinha", aconselha a nutricionista.
Para as pessoas que têm hemorróidas, a ingestão do alimento também não está proibida. "A doença é a dilatação de varizes na região do orifício retal, causada por sedentarismo, ingestão de gorduras e problemas cardiovasculares. Portanto, a pimenta não pode causar hemorróidas, apenas agravá-la, se for um consumo excessivo." O mesmo alerta pode ser dado aos casos de hipertensão. "Como se vê, algumas pessoas estão sendo injustas com a pimenta", brinca.
Outros benefícios da pimenta são apontados pela nutricionista. Ela afirma que a pimenta tem seis vezes mais vitamina C do que a laranja, um dos principais representantes desse grupo de alimentos. "Não é para comer só pimenta como fonte de vitamina C, mas, para se ter uma idéia, 28 gramas do alimento é a quantidade diária para suprir o que precisamos", afirma Daniella.
Estômago
A nutricionista explica que a pimenta tem um poder de irritar mucosas e, por isso, poderia atacar o estômago e as hemorróidas. Porém, a capsaicina apresenta um poder de cicatrização, o que poderia proteger o organismo contra esses problemas. "O critério de desempate é a quantidade. Moderação é o segredo da pimenta", alerta. Como o alimento impede a coagulação do sangue, ele pode ser também uma forma importante de evitar doenças como trombose.
Daniella destaca uma questão importante para quem gosta muito de pimenta a ponto de não controlar a quantidade ingerida. "Ela ativa receptores na língua que fazem com que a pessoa perca a sensibilidade e coma mais, sem perceber. Por mais que ela faça bem, é importante não consumir em excesso, porque, na verdade, qualquer alimento em excesso faz mal", ressalta.
Mesmo sem consultar um médico, muitas pessoas tomam a iniciativa de reduzir ou mesmo interromper o consumo de pimenta para verificar se determinados problemas de saúde ou estéticos se amenizam. É o caso do estudante Munif Saliba Achoche, de 21 anos, que se considera viciado em pimenta, mas, há um ano e meio, reduziu o consumo por causa de espinhas. "Comia pimenta todos os dias, no almoço e no jantar. Até com pão eu comia, mas resolvi parar, assim como parei também com o chocolate, frituras, carne de porco, mesmo sem consultar um médico. Depois do tratamento dermatológico, minha pele melhorou."
Segundo Daniella, ainda não existe nenhuma comprovação científica de que a pimenta cause ou agrave espinhas. "Espinha é causada por gordura e a pimenta tem índice baixíssimo de gordura. Casos como o dele podem ser provocados pela própria idade, por questões hormonais ou até fatores alérgicos, mas não a pimenta."
Fonte: www.saudeplena.com.br
Pimenta
O que são as pimentas?
Ervas, especiarias, vegetais, condimentos, decoração? É tudo isso. Depois do sal, é o condimento mais utilizado no mundo e encontrado em quase todos os lugares atualmente.
As pimentas são originárias das Américas e foi no tempo do Descobrimento que elas foram introduzidas no resto do mundo: Europa, Ásia e África. Os espanhóis e portugueses foram os primeiros, fora os nativos, que mantiveram contato com esta planta e daí em diante levaram para todos os lugares, adquirindo características e nomes próprios em cada um deles, fazendo parte de cada cultura. Os índios das Américas já utilizavam as pimentas de forma contínua em sua alimentação, os europeus iniciaram sua domesticação.
Os pontos "quentes" no mundo das comidas picantes são: México, Guatemala, a maior parte do Caribe e África, parte da América do Sul, Índia, Indonésia, Malásia, Coréia, Tailândia, sudoeste da China, os Balcãs e América do Norte. A culinária é uma das mais características e menos complicadas expressões da cultura de um povo. Os nativos destas regiões quentes eram acostumados a comer comidas condimentadas e a nova planta foi logo bem vinda.
Pimentas
As pimentas pertencem ao gênero Capsicum, da mesma família da batata, tabaco, petúnia entre outras. Ao longo dos anos as plantas foram sendo domesticadas e sua cor, sabor tamanho e forma foram se modificando pela seleção humana. Sua ardência, única no reino vegetal, resulta da presença de um grupo de alcalóides específicos. Existem mais de vinte e cinco espécies conhecidas. A maneira mais correta de identificação são pelas flores e não pelo fruto
Seu nome varia muito em cada lugar onde é cultivada e a mesma planta pode receber vários nomes. Uma mesma planta pode sofrer alterações de acordo com o local, ensolação, temperatura e umidade em que é plantada.
O termo "Chile" é um pouco confuso; pimenta (Brasil), chile, chilli, Aji, páprica e Capsicum são alguns dos termos usados para designar as pimentas, plantas do gênero Capsicum. A palavra Capsicum vem do grego "kapto" que significa " morder " (uma referência à sua ardência ou calor). Para confundir ainda mais o assunto, a pimenta pode ser chamada de doce ou quente.
Do dialeto Nahuatl do idioma Asteca, surgiu o nome Chiltepin. Este era o nome dado a uma das variedades conhecidas de pimentas mais antigas. Acredita-se que o nome é uma união das palavras chile e tecpintl e sua combinação traduz-se: "Chile Pulga" que é atribuída ao gosto picante da pimenta chile. Através dos tempos o nome foi sofrendo alterações do nome original: chile + tecpintl para chiltecping, para chiltepin, para chilepiquin. Os últimos dois nomes são razoavelmente conhecidos. O nome botânico moderno usado pelos taxonomistas para esta variedade é Capsicum annuum var. aviculare.
Hoje em dia, a versão "chili" identifica um tipo de prato, que é uma combinação de carne e pimentas ardentes. Em algumas receitas, serão somados também feijões.
Pimenta de "sino" (Bell) ou pimenta doce, geralmente refere-se às pimentas não picantes ou pouco picantes, de aspecto maciço (pimentão), enquanto a pimenta chile significa as variedades de pimentas ardentes ou quentes, que nós adoradores de pimentas tanto apreciamos.
As pimentas parecem ter surgido a 7.000 anos AC na região do México Central. O primeiro europeu a descobrir foi Cristóvão Colombo em uma das suas viagens históricas para a América em 1493. Ele estava procurando uma fonte alternativa de pimenta preta, que na ocasião era o condimento favorito na Europa. O que ele "descobriu" era um fruto vermelho pequeno, muito usado pelos nativos americanos à séculos - a pimenta vermelha. Colombo os chamou "pimiento", palavra espanhola para pimenta preta. Capsicum não está relacionado ao gênero Piper, que contém Piper nigrum L., a fonte de pimenta preta e pimenta branca. Após um século, as pimentas vermelhas tinham se espalhado por todos os continentes.
A pimenta vermelha é nativa do Hemisfério Ocidental e provavelmente evoluiu de uma forma ancestral na região da Bolívia e Peru. As primeiras pimentas consumidas foram coletadas provavelmente de plantas selvagens. Aparentemente os índios já cultivavam pimentas entre 5200 e 3400 A.C., o qual coloca as pimentas entre as plantas cultivadas mais antigas das Américas. Os americanos pré-históricos pegaram a pimenta selvagem Piquin e a selecionaram nos vários tipos hoje conhecidos.
Não é exatamente conhecido quando foram introduzidas as pimentas no Novo México. Elas podem ter sido usadas pelo nativos indígenas como um medicamento, uma prática comum entre o Maias. Até que o espanhol chegasse no México, os fazendeiros Astecas já tinham desenvolvido dúzias de variedades. Indubitavelmente, estas pimentas foram as precursoras do grande número de variedades achadas hoje no México. Se foram comercializadas pimentas nos pueblos de Novo México ainda não está claro. Porém, as pimentas são cultivadas Novo México durante pelo menos quatro séculos.
Aspectos Nutricionais
Pimentas não são apenas boas mas também nutritivas. Elas contém mais vitamina A que qualquer outra planta e são excelente fonte de vitamina C e B. Elas possuem também quantidade significante de magnésio, ferro e aminoácidos. As pimentas aumentam a taxa metabólica do organismo e este efeito térmico faz com que aproximadamente 6 gramas de pimenta queimem cerca de 45 calorias. Mas as pessoas não comem pimenta pelas vitaminas ou minerais mas pela sua ardência e todas, inclusive as ornamentais, são comestíveis.
Aroma, Cor e Sabor
O componente do sabor é encontrado na parte mais externa da planta, muito pouco internamente e nada nas sementes. Cor e sabor caminham lado a lado e o "condimento" parece estar associado com o pigmento carotenóide. Cores e sabores fortes estão intimamente ligados. Pimentas vermelho vivo são superiores em sabor que as verdes. A variedade Habanero é uma das mais aromáticas e seu sabor inigualável. É considerada a mais forte que existe. Sabor e cheiro são percepções distintas que adicionam agradável sensação quando comemos.
A cor é em elemento importante na composição de um prato. Poucas comidas são mais estimulantes que um prato com pimentas vermelha, amarela, verde, marrom, laranja e púrpura. Toda pimenta muda de cor de acordo com sua maturação, indo do verde para outra matiz, principalmente o vermelho.
Fonte: www.geocities.com
Pimenta
Propriedades
A pimenta, condimento de sabor picante, traz consigo alguns mitos, de uqe provoca pressõa alta, gastrite, úlceras e hemorróidas.
Estudos realizados comprovam que a pimenta traz muitos benefícios à saúde. A capsaicima que dá o ardido da pimenta é qu possue propriedades benéficas à saúde.
Rica em vitamina A, B1, B2, C, E e niacina
Tem propriedades analgésicas e energéticas
Reduz a formação de coágulos no sangue e é vasodilatadora
Atua no cérebro estimulando a produção de endorfina, hormonio que produz a sensação de bem estar
A capsaicina tem ação antioxidante, antiinflamatório e anti-câncer
A capsaicina adicionada à dieta pode reduzir o desejo de comer, sendo benéfico ao tratamento da obesidade
Espécies de Pimenta
Taxonomia
Após muito trabalho de taxonomistas sobre a classificação das espécies atualmente domesticadas de Capsicum, eles consideraram as pimentas como pertencente a uma das cindo espécies (das 26 espécies conhecidas)
As primeiras características de separação são baseadas nas flores e cor das sementes, depois o formato do cálice, o número de flores por nódulo e sua orientação.
As cinco grandes espécies de pimentas são:
-
Capsicum annuum
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Capsicum baccattumn
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Capsicum pubescens
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Capsicum chinense
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Capsicum frutescens
Capsicum annuum
O nome significa anual, o qual é uma designação incorreta, já que as pimentas são plantas perenes.
Incluem as variedades mais comuns, sem ardência, "Bell", "Wax" e Pimento (pimentas doces) além da forma picante; o Jalapeño e o NuMex que estão presentes em todo o mundo. Evidências sugerem que esta espécie apareceu originalmente ao norte da América Latina. Acredita-se que elas foram domesticados na região do México por volta de 2500 A.C. Como resultado das viagens de Cristóvão Colombo, foram levadas sementes de Capsicum annuum que foram plantadas nas colônias da Espanha e Portugal.
O ancestral mais provável das variedades comuns de annuum encontrada em jardins hoje é a selvagem Chiltepin (Capsicum annuum var. aviculare). Botânicos acreditam que estas pimentas selvagens são as espécies sobreviventes mais próximas das primeiras formas de pimentas que se desenvolveram na Bolívia e sul do Brasil antes da chegada dos portugueses e espanhóis. As pimentas selvagens espalharam-se por toda a America Central e do Sul. Acredita-se que Chiltepins possuem a mais ampla distribuição que qualquer outra variedade do Hemisfério Ocidental, alcançando o Peru, norte do Caribe, Florida, Texas e Lousiana e oeste do Arizona.
Quando da chegada dos espanhóis no México, agricultores Astecas já haviam desenvolvido dezenas de variedades de annuum. Certamente, estas pimentas foram as precursoras do grande número de variedades encontradas no México atualmente. Cristóvão Colombo levou sementes de annuum de volta para a Europa, onde foram plantadas extensivamente em todas as colônias portuguesas e espanholas na África, Índia e Ásia, resultando em mais diversificação desta espécie.
C. annuum é a espécie mais cultivada no mundo, comercialmente e em jardins. É a principal espécie cultivada na Hungria, Índia, México, China, Coréia e Índias Ocidentais. Devido a sua fácil polinização cruzada, provavelmente existam milhares de diferentes tipos em todo o mundo, cada uma com um nome próprio, dificultando ainda mais sua identificação.
Annuums podem ser divididas em duas categorias, a doce (ou suave) e a quente (ou picante). Entretanto, esta classificação não é muito aceita por alguns agricultores hoje em dia já que eles conseguem variedades bell picantes e jalapeños doces, mas vale como uma separação didática.
Botânica
Flores solitárias a cada nódulo (ocasionalmente fasciculada). Pedicelo normalmente inclinado na época da floração. Corola branco leitosa (ocasionalmente púrpura), sem manchas difusas na base dos lóbulos; lóbulos de corola normalmente retas. Cálice do fruto maduro sem constrição anular na junção com o pedicelo (entretanto às vezes irregularmente enrugados); veias freqüentemente prolongadas em dentes pequenos. Fruto normalmente firme (macio em certos cultivares). Sementes cor de palha. Número de cromossomos 2n=24, com dois pares de cromossomos acrocêntricos, por exemplo Hungarian Wax, Jalapeño, Cayenne e Anaheim.
Capsicum annuum - Capsicum annuum var. annuum
Capsicum annuum c.v. 'Jalapeno'
Capsicum baccattumn
O nome baccattumn significa " em forma de baga ". Esta espécie tem terminação comumente como "aji " por toda a América do Sul, originária da Bolívia ou Peru e, de acordo com evidências arqueológicas, foi provavelmente domesticada no Peru por volta de 2500 A.C. Extenso material foi encontrado no sítio arqueológico de Huaca Prieta o qual mostra que a espécie foi gradualmente desenvolvida pela civilização Pré-Inca. O tamanho do fruto aumentou e gradualmente tornaram-se perenes e ficavam nas plantas até seu total amadurecimento. Existem entretanto duas formas selvagens (var. baccatum e microcarpum) e muitas formas domesticadas pelo homem. As formas ajís possuem grande diversidade de forma e tamanho, indo do curto, afilado, longo, pendente, ereto, etc. A espécie baccatum é geralmente distinta das outras espécies pelas manchas amarelas ou marrons na corola de suas flores e pelas anteras amarelas. Baccatums são cultivadas na Argentina, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil. Na América do Norte seu crescimento é limitado e na Califórnia é conhecida sob o nome de Mild-Italian e em Nevada como Chileno.
As plantas tendem a ficar como pequenas árvores quando cultivadas em jardins. Seu período de crescimento é de 120 dias ou mais, e as plantas podem produzir mais 40 frutos. As pimentas possuem um aroma frutoso e são usadas frescas em marinados com peixe e salsas e as variedades pequenas amarelas são apreciadas pelo seu aroma ácido de limão. Também secam bem ao sol e podem ser moídas em coloridas misturas.
Botânica
Baccatums são plantas altas, possuem caules múltiplos, eretos, tendendo a expansão. As folhas são largas e cor verde-escuras medindo cerda de 17cm de comprimento por 10cm de largura. Frutos tipicamente compridos com sementes cor creme, medindo entre 8 e 15cm de comprimento por 1,8 e 2,5cm de largura. Geralmente iniciam eretos e tornam-se pendentes quando maduros, de cor vermelho-alajanjado ou amarelo e marrom em algumas variedades. Grande ardência entre 30.000 e 50.000 unidades Scoville. O gene selvagem, firmemente unido ao gene doméstico, é designado Capsicum baccatum var. baccatum e é muito comum na Bolívia, Brasil, Chile e Argentina. Flores solitárias a cada nodo. Pedicelos eretos ou inclinados na floração. Corola branco ou branco-esverdeado, com manchas amarelas difusas na base; lóbulos da corola normalmente revolutas. Anteras amarelas ou marrons. Cálice do fruto maduro sem constrição anular na junção com o pedicelo (entretanto às vezes irregularmente enrugados), veias prolongadas em dentes proeminentes. Fruto firme. Sementes cor de palha. Número de cromossomos 2n=24, com um par de cromossomos acrocêntricos, por exemplo Escabeche (Peru) Cumari do Pará (Brasil).
Capsicum baccatum - Capsicum baccatum var. baccatum
Capsicum baccatum c.v. 'Aji Ayucullo'
Capsicum pubescens
Nome significa " cabeluda ou com pelos ". Primeiramente descrita em 1794 por Ruiz e Pavon. O centro da origem desta espécie foi a Bolívia e foram provavelmente domesticadas a 6000 anos atrás, sendo a mais antiga planta domesticada pelo homem nas Americas. Morfologicamente, esta espécie é distinta de qualquer outra, que possui flores púrpura grandes ou brancas, fundidas com púrpura e frutos com sementes de cor marrom/preta. Geneticamente, esta espécie não tem nenhuma forma selvagem, porém é muito próxima de um grupo de espécie selvagem incluindo Capsicum eximium (Bolívia e norte da Argentina), Capsicum cardenasii (Bolívia) e Capsicum tovarii (Peru). Isto pode estar relacionado ao fato de que esta espécie não sofre polinização cruzada com outra espécie de Capsicum e pode reduzir, com o passar do tempo, sua diversidade genética.
Pubescens crescem hoje dos Andes chilenos até a Colômbia, principalmente em vasos. É também cultivada em áreas altas da America Central e México. O cultivar mais comum é a pimenta Rocoto, na américa do Sul, Manzano, (maça) no México e Perón (pera) no México e Guatemala, de acordo com o formato do fruto. Outros nomes são Caballo (cavalo) no México e Guatemala e Canarios , partes do México. Sinônimos para esta espécie incluem Capsicum grandiflorum e Capsicum lanceaefolium.
Pubescens possuem nível de ardência de 30.000 para 50.000 Unidades Scoville ou mais. A espécie contém um único local de capsaicinoides, o que acredita-se causar mais ardência. São plantas que crescem em altas montanhas de países tropicais. Podem sobreviver numa geada leve mas não fortes. Algumas plantas podem não dar frutos porque existe principalmente auto-incompatibilidade entre as espécies. Para dar frutos, o pólen deve ser transportado por abelhas ou pelo homem de uma planta vizinha da mesma variedade. As espécies respondem bem à matização, devido a folhagem ter uma tendência para queimar no sol forte e mudar de cor. O período de crescimento é longo, 120 dias ou mais, e as plantas produzem cerca de 30 frutos, dependendo da duração da estação.
Devido a sua adaptação a climas mais frios de altitude, pubescens crescem melhor nestes climas. Estes podem ser climas costeiros, montanhas ou clima artificial (estufas).
Botânica
Flores solitárias a cada nodo. Pedicelos eretos na floração. Corola púrpura (ocasionalmente com margens brancas e/ou lóbulos brancos), sem manchas difusas na base dos lóbulos (entretanto uma gota de néctar amarelo pode acumular nesta região podendo simular uma mancha na corola); lóbulos da corola normalmente retos. Cálice do fruto maduro sem constrição anular na junção com o pedicelo, veias prolongadas em dentes. Fruto firme. Sementes de cor escura. Número de cromossomos 2n=24, com um par de cromossomos acrocêntricos, por exemplo Rocoto (Andes). Pubescens são plantas eretas e compactas (algumas vezes se espalhando como vinhedos) e crescem de 2,4m de altura, mas 60cm é o mais comum em jardins. Na Bolívia atingem 4,5m de altura. As folhas são ovaladas, verde clara para escura, muito pilosa e mede de 8cm de comprimento por 5cm de largura. Possuem frutos verdes quando imaturos e amarelos ou vermelhos quando maduros. São largos e ficam atados à planta.
Capsicum pubescens
Capsicum pubescens c.v. 'Rocoto'
Capsicum chinense
Informação geral
O nome significa uma planta " da China ". Isto está entretanto incorreto; como toda a espécie de Capsicum, originou-se no Mundo Novo, porém, o médico holandês, Nikolaus von Jacquin que nomeou esta espécie em 1776 obteve a semente do Caribe, coletando-a em nome de Imperador o Francis I o qual pensou que elas originaram da China.
O espécime conhecido mais antigo encontrado era uma única planta intacta, provavelmente uma forma selvagem que foi descoberta nos níveis Pré-cerâmicos (6500 A.C.) em Guitarrero no litoral do Peru. Capsicum chinense é a última espécie domesticada a ser totalmente esclarecida quanto a sua origem e seu provável progenitor. O fruto pode variar de longo e esguio para pequeno e obtuso. Bernabe Cobo, um naturalista do século XVII, estimou que havia pelo menos quarenta tipos diferentes de pimentas, " alguns tão grandes quanto limas ou ameixas grandes," outros, tão pequenos quanto nozes ou até mesmo grãos de trigo, e entre os dois extremos, estão muitos de tamanhos diferentes. O fruto pode ser extremamente picante e aromático, com ardência persistente quando ingerido. O melhor exemplo de cultivar conhecido são as pimentas Habanero, extremamente fortes e aromáticas, originárias da Península e Yucatán, México. Este aroma característico, parecido com damasco, é próprio da espécie.
O nível de ardência da capsicum tem sido motivo de muitas discussões. Frases do tipo " a mais forte do mundo" ou "milhares de vezes mais forte que a jalapeño" são faladas a anos, mas elas não dizem realmente a verdade. Na atualidade , as espécies não possuem variedades sem ardencia, como a Bell (annuum).
A bacia do Amazonas foi o centro de origem da espécie, famosa por ter a pimenta mais forte do mundo.
A espécie foi primeiramente registrada em 1768 no "The Gardener´s and Botanist´s Dictionary" por Phillip Miller, o qual a indentificou como Capsicum angulofum, uma pimenta das Índias ocidentais, com folhs enrrugadas e formato de sino. A espécie foi então erroneamente chamada de Capsicum chinense (1776 Jacquim). Chinense é a pimenta mais importante cultivada a leste dos Andes e seu nível de ardência vai do zero ao 577.000 Scoville Units. Em algum período do tempo, nativos americanos transferiram a chinense da bacia Amaônica para o Caribe.
As sementes foram carregadas e cultivadas pelos nativos e a espécie capsicum se espalhou, formando em cada local ou ilha isolada tipos característicos e adaptados. Isto resultou numa variedade de nomes para cada região. No leste do Caribe, Habaneros são chamadas de Congo em Trinidad e Bonney em Barbados. Nas ilhas francesas da Martinica e Guadalupe, Le derrière de Madame Jacques; Piment Bouc, no Haiti. A oeste são conhecias por Jamaican Scotch bonnets; Rocotillos em Porto Rico e Cachucha em Cuba. Esta espécie é o principal condimento e elemento comum na cozinha caribenha.
Botânica
Com 2 ou mais flores em cada nodo (ocasionalmente solitária). Pedicelos eretos ou inclinados na floração. Corola branco-esverdeado (branco ocasionalmente leitoso ou purpúreo), sem manchas difusas na base dos lóbulos; lóbulos da corola normalmente retos. Cálice do fruto maduro normalmente com constrição anular na junção com pedicelo, veias não prolongadas em dentes. Frequentemente as flores são invertidas .Fruto firme, variam enormemente em tamanho e forma, indo do Chiltepin, redondas como cerejas com 0,5 cm de diâmetro até grandes e longas com 12 cm de comprimento. As conhecidas Habanero são pendentes e em forma de lanterna, outras são afiladas na ponta. Chinenses caribenhos são achatados nas pontas e se assemelha a um boné ou gorro. São verdes na imaturidade tornando-se geralmente vermelho, laranja, amarelo ou branco quando maduros. Púrpura e marrom foram também descritos. Sementes cor de palha. Número de cromossomos 2n=24, com um par de cromossomos acrocêntricos, por exemplo Habanero (México), pimenta de cheiro (Brasil). A planta possui talos múltiplos e um hábito ereto. As folhas são pálidas, verde médio, normalmente de forma ovalada, freqüentemente grande e alcança até 14 cm de comprimento por 10cm de largura. Eles normalmente são ondulados, que é uma característica distintiva de Capsicum chinense.
As pimentas variam muito em tamanho e forma, podendo chegar de 1/2cm a 12cm. A família das pimentas habaneros são tipo pendentes, forma de lanterna campânula (uma forma de sino aplainada), e alguns são afunilados na ponta. Exemplos: Orange Habanero, Red Savina Habanero, Scotch Bonnet, Datil.
Capsicum chinense
Capsicum chinense c.v. 'Scotch Bonnet'
The Chile Pepper Institute
Capsicum frutescens
Informação geral
Nome significando " arbusto fechado ". Foi sugerido que Capsicum frutescens, em sua forma primitiva, possam ser o antepassado de Capsicum chinense. Normalmente tratada como uma planta perene.
Esta espécie é principalmente representada por dois cultivares, Tabasco e Malagueta. Tabasco é o cultivar mais comum de Capsicum frutescens. A Malagueta é um cultivar muito popular aqui no Brasil. Não está relacionada com a Aframomum melegueta, Melegueta ou pimenta Guiné da África.
Botânica
Flores solitárias a cada nodo (ocasionalmente fasciculada). Pedicelos eretos na floração. Corola branco-esverdeado, sem manchas difusas na base dos lóbulos; lóbulos de corola freqüentemente revolutas. Cálice do fruto maduro sem constrição anular na junção como pedicelo, entretanto freqüentemente enrugados; veias normalmente não prolongadas em dentes. Fruto freqüentemente suave. Sementes cor de palha. Número de cromossomos 2n=24, com um par de cromossomos acrocêntricos, por exemplo pimenta Tabasco.
Capsicum frutescens
Capsicum frutescens - variedade de frutos
Vascular Plant Image Gallery
Capsicum abbreviatum
Sementes guardadas no Botanical Garden of Nijmegen Image Gallery.
Capsicum anomalum
Omitida da lista de Eshbaugh de 1983. Variedade selvagem do Japão. Esta não é uma verdadeira Capsicum, entretanto é membro do gênero Turbocapsicum. De acordo com dados da USDA-ARS GRIN, planta de 1m de altura, cresce em local sombrio, numerosas ramificações, folhas longas e elípticas. Flores em formato de sino, corola curta e amarela. Fruto redondo, 1cm e vermelho na maturidade.
Tubocapsicum anomalum - planta perene, 1,5m de altura. Caule suculento na base e seco nas pontas, ramificação dicotômica. Folha de 1 a 3cm, delicada, lâmina ovalada, elíptica ou oval-lanceolada, base obtusa, ápice acuminado ou obtuso; Inflorescências isoladas ou acima de 12 cachos. Pedicelo com 1-2 cm, nodo ligeiramente espesso.
Cálice em forma de copo, 2-2.5 ou 3 mm, truncado. Corola amarela-clara curta em campânula, 5-8 ou 6-8 mm; lobos ovalados-deltados, curvados, 2-3.5 mm. Filamentos de 0.5 mm; anteras com 1.8 mm. Fruto em baga brilhante. escarlate, 0.8-1.2 cm. Sementes amarelo pálido, discoides, 1-1.5 mm. Ambientes mesofíticos de florestas ou locais abertos; Encontrada em províncias chinesas de Fujian, Guangdong, Guangxi, Guizhou, Hunan, Jiangxi, Sichuan, Taiwan, Yunnan, Zhejiang, assim como na Indonésia, Japão incluindo ilhas Ryukyu, Coréia, Filipinas, Tailândia. Conhecidas como as compridas Zhu/Chi Zhu (em Chinês).
Capsicum breviflorum
Omitida da lista de Eshbaugh de 1983.
Capsicum brasilianum
Sem iformações
Capsicum buforum
Encontrada no Brasil. (A.T.Hunziker)
Capsicum campylopodium
Encontrada no sul do Brasil. (Sendt)
Capsicum cardenasii
Esta é uma pimenta diferente com folhas muito pequenas, ramificações delgadas e flores compridas, tubulares de cor púrpura. O fruto possui 1cm de diâmetro e amadurece do verde escuro ao vermelho. Acredita-se que foi encontrada apenas ao redor de La Paz, Bolívia. Geneticamente parte do taxa inclui Capsicum pubescens. Nome comum: Ulupica. Muito picante. USDA #573336
Capsicum chacoense
Acredita-se que foi encontrada na Argentina, Bolívia e Paraguai. Espécie de flores brancas. Conhecida localmente como "Tova" no Paraguai. De acordo com a USDA-ARS GRIN; Plantas eretas, aproximadamente 80 cm de altura, flores pequenas e brancas, sem manchas, anteras amarelas com asas na base dos filamentos. Frutos eretos, alongados, triangulares, 2.5 cm de comprimento por 0.5 cm de largura, de cor verde tornando-se vermelho na maturação, picante. USDA #439414
Capsicum chacoense var tomentosum (A.T.Hunziker)
Capsicum chinense Jacquin
Encontrada somente na America Latina e America do Sul
Capsicum ciliatum
Omitida da lista de Eshbaugh de 1983. Sinônimo para Witheringia ciliata
Capsicum coccineum
Encontrada somente na Bolívia e Peru
Capsicum cordiforme
Sinônimo de Capsicum annuum. Nomes comuns incluem: Pimiento, Bell, Cayenne, normalmente encontrada em jardins, Pimenta verde, Manga e Páprica.
Capsicum cornutum
Encontrada no sul do Brasil
Capsicum dimorphum
Encontrada somente na Colômbia
Capsicum dusenii
Encontrada somente no sudeste do Brasil
Capsicum exile
Sem informações
Capsicum eximium
Encontrada somente na Bolívia e norte da Argentina. Dita parente selvagem da pimenta Rocoto.
Geneticamente parte do taxa inclui Capsicum pubescens. Flores púrpuras com corolas brancas para o para o púrpura e sementes de cores claras. Crescem como pequenos arbustos.
Capsicum eximium var. tomentosum é uma sub-espécie muito distinta que pode ser classificada no futuro como uma espécie separada.
Capsicum fasciculatum
Acredita-se ser uma Capsicum frutescens var. fasciculatum.
Capsicum fastigiatum
Sinônimo de Capsicum frutescens
Capsicum flexuosum
Tratada como uma variedade de Capsicum schottianum por A.T. Hunziker. Abaixo algumas Capsicum flexuosum levadas do Botanical Garden of Nijmegen Image Gallery
Capsicum galapagoensis
Acredita-se ser encontrada somente como uma espécie selvagem, nativa das ilhas Isabela e Santa Cruz (2 das ilhas Galápagos), Equador. Espécie de flores brancas, maturação do verde escuro ao vermelho.
Muito picante. USDA #GRIF1567
Capsicum geminifolium
Encontrada somente na Colômbia e Equador
Capsicum hookerianum
Encontrada somente no Equador
Capsicum lanceolatum
Encontrada somente na Guatemala, Honduras e México
Capsicum leptopodum
Encontrada somente no Brasil
Capsicum luteum
Sementes mantidas no Jardim Botânico de Nijmegen
Capsicum microcarpum
Sinônimo para Capsicum baccatum var. baccatum e Capsicum frutescens var. baccatum. Nomes comuns: Pimenta Cayenne, Aji e Peruvian
Capsicum minimum
Sinônimo para Capsicum frutescens. Nomes comuns incluem: Bird pepper, Cayenne, Chili, Tabasco e Aji.
Capsicum minimum Blanco
Capsicum minutiflorum
Encontrada somente na Argentina, Bolívia e Paraguai. Sinônimo de Bassovia minutiflorum.
Capsicum mirabile
Encontrada somente no sul do Brasil
Capsicum parvifolium
Encontrada somente no nordeste do Brasil, Colômbia e Venezuela
Capsicum pendulum
Sinônimo para Capsicum baccatum var. pendulum
Capsicum praetermissum
Esta variedade têm 1,8 m de altura e cresce numa única estação, possui centenas de frutos do tamanho de cerejas e amadurecem para o vermelho. As flores são planas quando totalmente abertas, púrpura e com as bordas brancas e o centro amarelo-esverdeado. So vendidas comercialmente em partes do Brasil. Também conhecidas como Capsicum baccatum var. praetermissum . Foram designadas como espécie separada desde 1983, de acordo com o UN/FAO (Genetic Resources of Capsicum, International Board for Plant Genetic Resources, 1983 [Crop Genetic Resources Centre, Plant Production and Protection Division, Food and Agriculture Organisation of the United Nations]). USDA #441654.
Capsicum praetermissum Tommi Hietavuo
Capsicum schottianum
Encontrada somente na Argentina, sul do Brasil e sudeste do Paraguai. De acordo com dados da USDA-ARS GRIN; Plantas eretas, 80-100 cm de altura com ramificações em zig zag. Flores brancas com manchas amarelas/verdes na base das pétalas. Frutos pendulares e avermelhado/laranja quando maduros. Folhas ligeiramente pilosas.
Capsicum scolnikianum
Encontrada somente no Peru
Capsicum sinensis
Conhecida por ser resistente ao neptovirus U da batata
Capsicum stramonifolium
Encontrada no Panamá. Sinônimo de Witheringia stramonifolia
Capsicum tetragonum
Nome comum para a pimenta Hungarian Cayenne e Paprika
Capsicum tovarii
Encontrada somente na bacia do rio Mantaro, região centro-sul do Peru, na zona montanhosa xerófita. Geneticamente parte do taxa que inclui Capsicum pubescens. Espécie com flores púrpura. Plantas com 1m de altura, perenes. Caule difuso ou em trepadeira, simetricamente ramificados. Folhas decíduas, alternadas ovaladas/lanceoladas, 3.5-8.2 x 1.5-3.8 cm, lâminas com poucos pêlos, vilosidades abaixo do eixo das veias, ápice acuminado para atenuado, margens íntegras, base atenuada; 1-3 cm de comprimento. Inflorescência composta.
Flores funcionalmente unisexual ou bisexual, actinomorfica; cálice em tubo, forma de copo, 1.3-1.9 x 1.8-2.6 mm, membranas entre os lobos, 5 dentes, 0-1.3 mm de comprimento, corola púrpura e creme ou creme marcada com 2 manchas verdes na base de cada lobo, forma de campânula, 4.4-8.5 mm de largura, lobos com ou sem garras no ápice. Cinco estames, epipétalo, alternados com os lobos das corolas, anteras paralelas, ovário bicarpulado, 0.9-2.6 x 0.9-1.5 mm; apical, heteromórfico, 1.5-7.6 mm de comprimento, 4-8 óvulos por ovário, anátropo.
Fruto em forma de cerejas globosas e vermelho pungente, 4.4-7.6 x 4.2-7.3 mm, pedicelo1-2 cm de comprimento. Sementes 3.5-4.5 mm de comprimento, de cor creme, estriadas para reticuladas. (Cromossomos n=12).
Capsicum tovarii
Propriedades da pimenta vermelha
A capsaicina, fitoquímico que confere o gosto picante à pimenta vermelha, é o principal responsável pelas propriedades funcionais deste tempero.
Dentre essas propriedades destacam-se:
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Dissolução de coágulos sanguíneos (uma aspirina natural)
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Dissolução de muco dos pulmões
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Expectorante
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Descongestionante
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Indutor da termogênese (efeito de transformar parte das calorias dos alimentos em calor)
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Antioxidante
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Anti-bacteriana
Além de todos os benefícios mencionados acima, pesquisas científicas mostraram que o uso da pimenta vermelha durante às refeições, proporciona ação no Sistema Nervoso Simpático com respectivo aumento da liberação de catecolaminas (noradrenalina e adrenalina) e conseqüente diminuição do apetite e da ingestão de calorias, proteínas e gorduras nas refeições seguintes.
A adrenalina e a noradrenalina também são responsáveis pelo estado de alerta, daí a ingestão de pimenta estar também associada à melhora de ânimo em pessoas deprimidas.
Recomenda-se que indivíduos com problemas no trato gastrintestinal (gastrite, úlcera, hemorróidas e outros) evitem a ingestão, uma vez que a capsaicina funciona como um agente agressor das mucosas.
Pimentas - Tipos I
Pimenta Americana ou Doce
Pimenta Americana ou Doce
Apresenta frutos alongados de cor verde intenso e brilhante.
É uma pimenta de baixo aroma e pungência doce, utilizada no preparo de vários pratos da comida brasileira, muitas vezes substituindo o pimentão.
Pimenta Branca
Pimenta Branca
A pimenta branca é a pimenta do reino madura e seca que é descascada.
Bem menos picante do que a pimenta preta é encontrada em pó ou em sementes.
É utilizada em maioneses, peixes, molhos brancos, sopas claras e no tempero de saladas.
Pimenta Cambuci ou Chapéu-de-Frade
Pimenta Cambuci ou Chapéu-de-Frade
Apresenta frutos verdes (imaturos) e vermelhos (maduros) na forma de campânula ou sino.
De pungência doce e aroma baixo é utilizada em saladas e cozidos.
Pimenta Chili
Pimenta Chili
Proveniente do México, é uma pimenta extremamente picante, utilizada no preparo de pratos mexicanos e italianos.
Ideal para sopas, cremes, molhos cremosos e de tomate, frutos do mar, carnes, aves, vegetais e coquetéis.
Pimenta Cumari
Pimenta Cumari
É uma pimenta pequeninha, muito picante, ligeiramente amarga e baixo aroma.
Nativa da mata brasileira, apresenta frutos arredondados ou ovalados, verde (imaturos) e vermelho (maduros). Encontra-se fresca ou em conserva.
Pimenta Cumari-do-Pará
Pimenta Cumari-do-Pará
Similar à pimenta cumari, apresenta frutos arredondados ou ovalados, verde (imaturos) e amarelo (maduros).
De pungência picante alto e aroma forte é utilizada principalmente em conservas.
Pimenta Dedo-de-Moça
Pimenta Dedo-de-Moça
Apresenta frutos alongados de coloração verde (imaturo) e vermelho (maduro), pugência picante baixo e aroma baixo.
Mais suave que a malagueta e ligeiramente mais picante que a jalapeno, é uma pimenta saborosa que pode ser encontrada líquida, fresca, em conserva ou desidratada na forma de flocos com sementes, recebendo no nome de pimenta calabresa.
É muito utilizada em molhos e uma grande variedade de pratos.
Pimenta Habanero
Pimenta Habanero
Originária do Caribe e da Costa Norte do México, foi a primeira pimenta a ser cultivada pelos Maias.
É utilizada fresca, seca ou em molhos.
Tem um sabor muito forte que persiste na boca. As suas cores variam entre amarelo, laranja e vermelho.
Pimenta Jalapeno
Pimenta Jalapeno
Originária do México, apresenta frutos cônicos de coloração verde claro a verde escuro quando imaturos e vermelho quando maduros. É consumida fresca, processada na forma de molho líquido, conservas, desidratada ou em pó.
Bastante popular no México e Estados Unidos seu nomo é uma homenagem à cidade de Jalapa, capital de Vera Cruz, no México. É utilizada em vários molhos para tacos, burritos e quando seca e defumada, é conhecida como chipotle.
Pimenta Malagueta
Pimenta Malagueta
Apresenta variedades com pugência de médio a alto e baixo aroma e frutos alongados verde (imaturos) e vermelho (maduros).
É muito utilizada em molhos de pimentas, conservas, como condimento no preparo de peixes, carnes, em feijoadas e no acarajé.
Pimenta-da-Jamaica
Pimenta-da-Jamaica
Semente aromática, nativa das Américas e do Oriente que se encontra em pó ou grãos. É pouco picante e ligeiramente adocicada.
De coloração marrom, possui sabor e perfume que evocam a noz-moscada, o cravo e a canela.
É utilizada em conservas de legumes, carnes de caça, frutos do mar, alguns patês, doces, tortas e pudins.
Pimenta-de-Bode
Pimenta-de-Bode
Apresenta frutos verdes (imaturos), amarelo ou vermelho (maduros), arredondados ou achatados, tipo pitanga. Sua pugência é alta e seu aroma também.
É utilizada como condimento no preparo de carnes, arroz, feijão, pamonha salgada e até em biscoitos de polvilho e quando maduros, principalmente em conservas.
Pimenta-de-Cheiro
Pimenta-de-Cheiro
Apresenta frutos alongado, arredondado, triangular, campanulado e retangular. Seus frutos quando maduros variam desde o amarelo-leitoso, amarelo-forte, alaranjado, salmão, vermelho até preto quando maduros. Existem variedades com pugência doce, picante baixo e até picante alto. Seu aroma é alto, sendo bastante utilizada em saladas, como condimento para carnes, principalmente peixes.
Pimenta típica da culinária baiana e nordestina, sua presença é obrigatória em pratos como o xinxim de galinha e os bobós.
Pimenta-do-Reino
Pimenta-do-Reino
A pimenta do reino é uma das especiarias mais antigas e mais utilizadas no mundo.
Pequena e de formato arredondado, tem um sabor forte e levemente picante.
Originária das florestas equatoriais da Ásia, principalmente Índia, apresenta coloração verde (imaturas) e vermelha (maduras).
Seca ou conservada em salmoura, mantém a cor original dependendo do seu estágio de amadurecimento.
Quando fervidas e depois secas, tornam-se negras e por isso são também conhecidas como pimenta preta.
Pimenta-do-Reino Verde
Pimenta-do-Reino Verde
É a pimenta do reino colhida em seu estagio inicial de desenvolvimento, quando ainda está verde. E utilizada em pratos como o steak de filé mignon com poivre vert (pimenta verde em francês).
Tabasco
Tabasco
Originária do Chile, é encontrada também na Louisiana, onde existe uma grande companhia de pimentas que leva seu nome e a tornou famosa. É uma pimenta saborosa e bastante picante.
Pimentas - Tipos II
Pimenta Calabresa
Pimenta Calabresa
A pimenta calabresa não é uma espécie de pimenta, é apenas uma pimenta desidratada que se comercializa na forma de flocos com sementes ou em pó.
No Brasil utiliza-se a pimenta dedo-de-moça. Na Europa, principalmente Itália, a pimenta Pepperoncini.
Deve ser utilizada com moderação pois o processo de secagem acentua bastante o sabor e a pungência das pimentas. Utiliza-se na preparação de molhos picantes, lingiça, lombo, carnes e peixes.
Pimenta Rosa
Pimenta Rosa
A pimenta rosa não é uma pimenta, é o bago seco da araroeira, uma espécie pioneira e nativa do Brasil, parente do caju, da manga e do cajá mirim. O que lhe confere esse nome são seus pequenos frutos que durante a maturação apresentam coloração brilhante e lustrosa, que vai do rosa claro até o vermelho escarlate, semelhante a uma pequena pimenta.
Dependendo da região onde se desenvolve é conhecida como aroeira, aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira, pimenta do Brasil, aroeirinha, pimenta brasileira, entre outros nomes.
No exterior foi introduzida na cozinha européia, pelo seu sabor suave, adocicado e levemente apimentado, com o nome de poivre rose.
Pimenta Síria
Pimenta Síria
A pimenta síria é uma mistura de pimenta-da-jamaica, pimenta-do-reino, canela, cravo da índia e noz-moscada, muito utilizada no preparo de pratos árabes.
Pimenta-de-Caiena
Pimenta-de-Caiena
Originária da Guiana Francesa é uma mistura de pimentas vermelhas como a malageta, dedo-de-moça entre outras. Encontrada em pó na coloração vermelha, tem sabor forte e pungente.
É bastante utilizada nas cozinhas mexicana e tailandesa para temperar molhos, peixes e aves.
Fonte: batuquenacozinha.oi.com.br
Pimenta
A pimenta é um condimento de sabor picante. Apesar de popularmente ser dito que a pimenta pode provocar muitos males à saúde, tais como pressão alta, gastrite, úlceras e hemorróidas, estudos realizados recentemente mostram que ela também pode trazer muitos benefícios. A mesma substância que provoca o ardido da pimenta, chamada capsaicina possui propriedades que são muito bem vindas:
É rica em vitamina A, B1, B2, C, E e niacina
Possui propriedades analgésicas e energéticas
Favorece a redução de coágulos no sangue, pois é vasodilatadora
Estimula a produção de endorfina no cérebro, hormônio que produz a sensação de bem estar
Tem ação antioxidante, antiinflamatório e anticâncer
Pode reduzir o desejo de comer, sendo benéfico ao tratamento da obesidade
Diversidade
Existem múltiplas e diferentes plantas referenciadas como pimenta que são utilizadas nos alimentos para sensações "quentes" que componentes químicos particulares induzem na língua:
Pimentas no mercado de Brixton
As sementes de plantas da família Piperaceae, das quais se destacam as do género Piper, no qual se inclui a planta que dá origem à Pimenta do reino como é conhecida no Brasil, "pimenta" em Portugal, e "pimenta redonda" em Moçambique. Diferentes maturações e colheita dos grãos oriundos desta planta, Piper nigrum, dão origem à pimenta-verde, pimenta-branca e pimenta-preta.
Os frutos de plantas do género
Capsicum da família Solanaceae, no qual se inclui o pimentão, nome pelo qual é conhecido no Brasil, sendo identificado como pimento, em Portugal. A malagueta é a espécie Capsicum frutescens, que em Portugal e em Moçambique é conhecida ainda como piri-piri se estivermos na presença de frutos de menores dimensões e por vezes secos. Pimenta de caiena é o nome dado à espécie Capsicum baccatum em Portugal, mas que é conhecida como "dedo de moça" ou "chifre de veado", este último associada a frutos de maiores dimensões e coloração mais intensa, no Brasil. O género Capsicum compreende por volta 27 espécies conhecidas. A estas plantas está associada a escala de Scoville, que mede o grau de "picante" de pimentas. Na mesma família, ainda existe a espécie Solanum pseudocapsicum, que produz pimentas arredondadas e vermelhas, ou brancas. A maioria destas espécies é ligeiramente tóxica, causando sudorese e hipertensão em altas doses.
A Aroeira também conhecida como "aroeira mansa" ou "aroeira vermelha", é de uma planta relacionada com o Caju ou "acaju", das espécies Schinus molle e S. terebinthifolius, da família Anacardiaceae.
A Pimenta Szechuan é produzida por uma planta da família Rutaceae, espécie Zanthoxylum piperitum.
A família Myrtaceae contém várias espécies de pimentas de usos variados. A pimenta da Jamaica, por exemplo, é o fruto da Pimenta dioica que, devido ao sabor da pimenta que pode lembrar o cravo, a canela e a noz-moscada é conhecida também como pimenta "all spice"
Pimenta no Brasil
Uma das principais características culturais das tribos indígenas que habitavam as terras brasileiras na época do descobrimento era o cultivo de pimentas. Após o descobrimento, as sementes e frutos de pimentas passaram a ser cada vez mais cultivados, disseminado entre vários povos, utilizadas de diversas formas.
A "Capital Nacional da Pimenta", como é conhecido o município de Turuçu, RS [1], começou a cultivá-la no final do século XIX. Tal informação pode ser comprovada pelos depoimentos dos produtores da região, muitos deles já de idade elevada, tendo passado dos sessenta anos de idade, que relembram a cultura do cultivo, passada a eles por seus pais.
Fonte: pt.wikipedia.org
Conheça diferentes tipos de pimenta e seus benefícios
A pimenta é o nome comum dado a vários tipos de condimentos culinários de sabor picante. cujo grau pode variar de quase nulo (pimentão) a muito forte (malagueta).
Além de ingrediente indispensável nas culinárias por todo o mundo, a pimenta já teve outras funções ao longo dos séculos: foi utilizada como oferenda aos deuses e até mesmo como moeda. Durante a Idade Média, seu principal objetivo era disfarçar a falta de frescor dos alimentos, principalmente das carnes curadas.
No campo da saúde, porém, há muitas informações controversas com relação aos benefícios que a pimenta pode causar. Várias das propriedades que lhe são popularmente atribuídas ainda não foram comprovadas cientificamente.
Foram criados muitos mitos sobre as pimentas dizendo que elas faziam mal a saúde,
principalmente que elas eram responsáveis por gastrites, úlceras, hemorróidas entre outros
males. Esse é um assunto delicado e que divide opiniões. A única certeza que se tem é que
pessoas que já possuam algumas doenças no sistema digestivo devam evitar a pimenta, pois
ela pode agredir ainda mais as mucosas.
Mas já foi comprovado em vários estudos que as pimentas possuem propriedades que
são benéficas para a saúde, pois tem uma substância chamada capsaicina que é rica em
vitamina A (combate radicais livres, formação dos ossos e pele, funções da retina), B1 (atua no
metabolismo energético dos açúcares), vitamina B2 (atua no metabolismo de enzimas,
proteção no sistema nervoso), vitamina C (atua no fortalecimento de sistema imunológico,
combate radicais livres e aumenta a absorção do ferro pelo intestino), vitamina E
(antioxidante) e vitamina PP (também conhecida como niacina, é responsável pela
manutenção da pele, proteção do fígado, regulação da taxa de colesterol no sangue), além de
possuir propriedades analgésicas e energéticas, favorece a redução de coágulos no sangue
(devido à função vasodilatadora), estimula a produção de endorfina no cérebro (sensação de
bem estar), é antioxidante, antiinflamatório e anticancerígeno. Outras funções desse alimento
é que são bactericidas podendo proteger o sistema digestivo, combate tensões musculares e
ajudar no tratamento de reumatismos articulares. Alguns estudos recentes garantem que
pode ser utilizada no tratamento da obesidade porque reduz a vontade de comer devido à
indução da termogênese (efeito de transformar parte das calorias dos alimentos em calor).
Temos que lembrar que esses benefícios estão presentes nas pimentas vermelhas e
outras (ex: tabasco, habanero, jalapeño, etc.) que são frutos de árvores do gênero Capsicum.
Na pimenta do reino (preta ou branca) elas possuem piperina, que ainda não possui nenhum
estudo comprovando seu benefício.
A pimenta traz sim benefícios à saúde, mas como todo alimento funcional deve ser
ingerido com cautela e moderadamente, estudando todo histórico de saúde do paciente. Por
isso procure sempre um médico e/ou nutricionista para maiores esclarecimentos.
Curiosidades:
* As principais responsáveis pela ardência da pimenta são as sementes e a placenta, no
interior da planta. Caso queira que fique menos picante, utilize somente a casca.
* Quando comemos um prato muito ardido, a primeira coisa que fazemos é tomar um copo
d'água. É errado. Pode não parecer, mas a água acentua a sensação de ardência. O melhor são
os derivados do leite, porque possui caseína, uma substância que retira a capsaicina dos
receptores nervosos localizados na boca. Por isso, alguns pratos da culinária indiana são
acompanhados de molho de iogurte.
* Cada espécie de pimenta tem um grau de ardência, que é medido de forma simplificada
numa escala de 0 a 10. A Marupi, encontrada na Amazônia, é uma das mais ardidas entre as
nativas do Brasil, atingindo o grau nove na escala. A pimenta mais ardida do mundo é a Red
Savina Habanero que atingiu o grau +10 na escala!!
A pimenta é um alimento termogênico . O metabolismo funcionando a todo vapor já ajuda o organismo a queimar mais calorias, mas a prova definitiva de que você deveria apimentar suas receitas é que 6 gramas de pimenta queimam até 45 calorias - ou seja, ajudam a emagrecer. Tem mais: ao estimular o sistema nervoso, provocam a liberação de catecolaminas (noradrenalina e adrenalina), o que reduz o apetite e a ingestão de calorias, proteínas e gorduras na refeição seguinte. Por quebrar os nutrientes dos alimentos e absorvê-los, a capsaicina faz com que tal sistema abasteça-se nos depósitos gordurosos, aumentando a queima calórica. Também produz endorfinas, reduzindo assim a ansiedade alimentar.
Entre outros benefícios, a pimenta impede a coagulação do sangue e, portanto, evita tromboses, contendo vitamina E e chegando a ter seis vezes mais vitamina C do que a laranja. Ela também reduz o risco de doenças como o câncer, a catarata, o mal de Alzheimer e até o diabetes. Pesquisa científica também elevou o status da pimenta de simples tempero para poderoso aliado no auxílio da saúde e prevenção à depressão e outros males que afetam o humor e a disposição dos seres humanos.
Sabores
O sabor da pimenta é principalmente encontrado na parte mais externa da planta, muito pouco na parte interna e nada nas sementes. O que a torna um condimento, é seu pigmento chamado carotenóide, responsável pela cor característica delas. A cor é um dos elementos mais importantes na composição de um prato. Poucas comidas são mais estimulantes visualmente que um prato com pimentas suculentas de várias cores, vermelha, verde, amarela, marron, laranja e púrpura.
A coloração do fruto muda com a maturação, pode ir do verde até uma centena e diferentes tons, mas principalmente o vermelho. Cores fortes sempre estão ligados a sabores fortes. Considerada a mais forte que existe, a variedade Habanero é uma das mais aromáticas e tem um sabor inigualável. As agradáveis sensações que temos ao comer um prato bem temperado vêm de percepções distintas sempre relacionadas ao sabor e cheiro.
As pimentas que mais provocam a queima de calorias na digestão
1º Habanero
2º Malagueta
3º Caiena
4º Cambuci e cumari
5º Jalapeno
Pimenta-preta
Também conhecida como pimenta-redonda e, no Brasil, como pimenta-do-Reino, é uma das mais antigas especiarias conhecidas. Os seus grãos, secos e moídos, são bastante utilizados na culinária de diversos países. Tem um sabor forte, levemente picante, proveniente de um composto químico chamado piperina. Por essa razão foi utilizada desde a Idade Média para disfarçar o sabor dos alimentos em via de decomposição.
A pimenta-preta, um dos condimentos mais usados em todo o mundo, é feita da baga inteira e madura, enquanto que a verde é feita com a baga imatura. A branca, por sua vez, é produzida a partir das sementes.
- Essas variedades de pimenta são ricas em piperina, a qual alguns estudos associam a uma melhora da digestão. Também está relacionada à ação antioxidante.
- Apesar da associação popular, a pimenta-preta não causa hemorróidas, mas pode desencadear crise, por irritar os vasos sanguíneos da região do reto.
Pimenta vermelha
Inclui as espécies jalapeño, dedo-de-moça, malagueta, caiena, bode, páprica e até mesmo o pimentão. O ardor depende da concentração da substância capsaicina, presente no interior da baga. Para obter uma pimenta menos ardida, basta retirar essas partes.
- A capsaicina é antioxidante, ou seja, combate o envelhecimento celular. Estudos também indicam seu poder termogênico. Isso quer dizer que ela eleva o gasto calórico e ajuda no emagrecimento. Além disso, a pimenta é rica em betacaroteno e em vitamina C, outros potentes antioxidantes.
- Acredita-se popularmente que, devido ao seu ardor, esse condimento contribua para o surgimento de úlceras. Mas estudos mostram que a capsaicina ajuda na produção de uma secreção que protege o revestimento do estômago da gastrite e das úlceras.
- A capsaicina também neutraliza a produção de uma substância causadora da dor. Por isso, pesquisam-se cremes, anestésicos e remédios para enxaqueca à base dela.
Pimentao
Verde, vermelho ou amarelo, que tipo de pimentão escolher?
Conhecer algumas características do alimento pode ajudar na hora da compra. O verde seria vermelho ou amarelo se não fosse colhido com 120 dias - seus companheiros esperam 150 dias.
Grande ou pequeno é sempre um pimentão imaturo.
Em relação ao beta-caroteno, precursor da vitamina A no organismo e antioxidante, o vermelho ganha com larga vantagem, pois tem, em cada 100 gramas, 2.379 microgramas dessa substância que combate os radicais livres, contra 198 no verde e 120 no amarelo.
O amarelo é campeão em vitamina C. Em 100 gramas, encontram-se cerca de 330 miligramas desse nutriente.
A mesma porção do vermelho oferece somente 180 miligramas e do verde, mal chega a 150 miligramas. O vermelho e o amarelo acumularam carboidratos com a idade, por isso são levemente adocicados.
O verde tem um gosto mais ácido.
Todos são alimentos muito leves, mas o verde é ainda mais. Esse tipo tem apenas 16 calorias em cada 100 gramas, contra 26 do vermelho e 27 do amarelo.
Porém existem outras variedades bastante exóticas, como o branco, roxo, azulado, preto e laranja.
Apimente seu cardapio
Fáceis de preparar, estes molhos fazem um bem danado à saúde.
Molho de pimenta-malagueta para salada• 2 tomates médios sem casca e sem sementes• 2 pimentas-malagueta• 1 cebola média• 6 ramos de salsa• 2 colheres (sopa) de suco de limão• 2 colheres (sopa) de vinagre• Sal a gostoModo de preparoBata tudo no liquidificador até obter um molho homogêneo. |
Molho de pimenta-caiena para legumes cozidos• 1/2 maço médio de agrião• 1/2 xícara (chá) de iogurte natural• 2 colheres (sopa) de azeite de oliva• 1 colher (chá) de pimenta-caiena em pó• 1 colher (chá) de salModo de preparoPonha no liquidificador as folhas e os talos mais macios do agrião e os demais ingredientes. Bata até ficar cremoso. Junte o agrião com o iogurte, o azeite de oliva a pimenta e o sal. Bata novamente. |
Geléia de pimenta-cumari e melão• 1 quilo de polpa de melão tipo pele de sapo• 5 colheres (sopa) de pimenta-cumari fresca• 5 colheres (sopa) de azeite de oliva• 1 xícara (chá) de açúcarModo de preparoDepois de bater todos os ingredientes no liquidificador, coloque-os numa panela, leve ao fogo e cozinhe por 35 minutos ou até encorpar, mexendo de vez em quando. A geléia deve ser guardada na geladeira, em vidro previamente esterilizado. Ideal para carne assada. |